Eleitor X Consumidor: qual é mais exigente?
Uma pesquisa da Universidade de Brasília demonstrou que os cidadãos buscam mais informações ao comprar do que ao votar.
Luciana Pecegueiro Furtado
Da Unidade de Acesso a Mercados
Você já se pegou analisando qual o Produto Interno Bruto registrado durante o governo de um candidato a eleição? E a taxa de desemprego?
E se a pergunta for: com que freqüência você reflete sobre o custo/benefício de um produto ou serviço para decidir por qual opta? Quantas vezes você se questiona sobre qual é o melhor modelo? Quais as melhores funcionalidades? Quais as melhores cores? Qual a melhor forma de pagamento?
Pois ao redigir a dissertação de mestrado “Democracia, mercado e realidade: um estudo sobre o eleitor no Brasil”, o economista José Jorge Gabriel Júnior demonstrou que o cidadão busca mais informações ao comprar do que ao eleger.
O tempo de dedicação em busca de informações sobre os benefícios para a escolha da melhor opção de produto é superior ao tempo dedicado à análise de variáveis que podem refletir a escolha dos representantes políticos, mesmo ponderando que esses irão aplicar socialmente os impostos pagos por todos. Resumindo: a escolha de um produto é mais criteriosa.
Sem analisar as possíveis reflexões políticas da dissertação, podemos mensurar a importância do papel do consumidor e como a informação é importante para ele. As empresas devem ter em mente que vivemos em uma época de orientação para o mercado, ou seja, a maior preocupação deve ser com necessidades e desejos do consumidor, além de informá-lo sobre os benefícios de seus produtos ou serviços.
Já se foi o tempo em que vivíamos na “orientação para o produto” no qual o produtor definia o que vendia, ou na “orientação para vendas” no qual se tentava criar motivações externas fortes para gerar o consumo.
Analise seus diferenciais e informe a seus clientes sobre os benefícios que terão com o seu produto ou serviço. Eles irão atrás dela e irão comparar para comprar.