Neste ano, os brasileiros devem gastar mais de 95 bilhões de reais com material para construção. Veja o infográfico da exame.com, resultado de um estudo realizado pela consultoria de varejo Gouvêa de Souza, no qual mostra, entre outros dados, que esse mercado é dominado por pequenas lojas de bairro.
Observe a proporção das vendas de material para construção por tipo de comércio: são justamente as lojas com até dez funcionários que mais se destacam. De acordo com o estudo, mesmo com o setor mostrando um ritmo de desaceleração, causado principalmente por materiais de base como cimento, areia, vidro e ferragens, as lojas menores não serão afetadas diretamente.
A página eletrônica do Sebrae, referente ao comércio varejista para material de construção, também revela o impacto positivo no setor proveniente da Copa do Mundo FIFA 2014.
O segmento de Material de construção e Ferragens sofrerá impacto no aumento da demanda tanto na fase pré-evento quanto na fase do evento. Crê-se que mesmo na realização das grandes obras, em que as compras são realizadas em grandes quantidades diretamente com os fabricantes, o comércio se beneficia das compras complementares e emergenciais.
A demanda tende a crescer por parte dos consumidores domésticos, que realizam pequenos reparos, que enfeitam as ruas e suas casas para celebrar o evento, gerando, em especial, oportunidades para o comércio de tintas e insumos para obras. As oportunidades detectadas pelo Sebrae na função Material de construção e Ferragens foram comercialização de:
- Espelhos, vidros e tintas;
- Máquinas e equipamentos, equipamentos de segurança e ferragens;
- Ferragens, madeira e material elétrico;
- Insumos gerais para obras.
As oportunidades para micro e pequenas empresas associadas ao segmento de materiais de construção e ferragens sofrerão também o impacto da Internet, que possibilita o acesso do consumidor a empresas de grande porte, que permitem a comparação entre peças, a compra on-line com entrega programada, entre outros serviços. No entanto, essa forma de venda ainda é pouco explorada pelas MPEs do segmento. Por isso, para que essas empresas possam atingir, de forma mais ampla, seus consumidores, será necessária a adoção de novos canais de venda que agreguem valor a essas empresas e as tornem competitivas.
Empresários do setor também precisam incluir a qualidade de atendimento ao cliente entre os principais focos estratégicos do negócio. Hoje, o consumidor insatisfeito não perdoa. Além de usar os recursos legais para fazer suas reclamações, ele dissemina nas redes sociais o seu aborrecimento. Seja através de um simples desabafo ou postando vídeos enfurecidos, a despeito de que esses possam vir a lhe causar até prejuízos piores. No meio disso tudo, enquanto esse consumidor insatisfeito ganhou público, a loja reclamada ganhou imagem negativa em sua marca.
Para evitar situações similares, convém à estratégia do negócio definir que o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) que vá além dos parâmetros legais estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor. O que vai exigir investimentos em pessoas, tecnologia e estrutura.
Estabelecer uma relação com o cliente deve ser o foco. Quando este tem a finalidade de transformar o cliente em um radar, com monitoramento e captação das tendências de mercado, o resultado tende a ser muito mais valor para a marca. Principalmente se no desdobramento da estratégia a empresa decidir fazer um SAC reverso: que consiste em ligar para alguns clientes de forma sistematizada e perguntar sobre sua satisfação. Ou seja, pesquisar no lugar de aguardar por reclamações.
Saiba mais sobre esses temas em:
Acompanhe as oportunidades da Copa do Mundo FIFA no Portal Sebrae 2014