As redes sociais são muito populares entre os brasileiros e são grandes aliadas da interação entre pessoas como também espaços estratégicos de publicidade, principalmente para os pequenos e médios empresários, pois são formas de divulgação de baixo custo, facilidade operacional e alto alcance.
No entanto, não se pode confundir as facilidades que elas oferecem com garantia de sucesso. Estar em uma rede social e administrá-la requer um conhecimento prévio e investimento de tempo para produzir conteúdos que sejam interessantes, catalizadores de vendas e de relacionamento entre o cliente e o negócio.
Uma foto nunca é somente uma imagem, assim como um texto nunca são palavras escolhidas de forma aleatória. Se você ainda administra as suas redes sociais sem levar em conta todos os aspectos objetivos e subjetivos envolvidos em uma publicação, está na hora de repensar toda a sua estratégia.
Um erro muito comum é achar que, para o negócio ser bem-sucedido, é preciso estar em todas as redes sociais. Antes disso é preciso procurar saber onde está, prioritariamente, o seu público-alvo. Com quais redes sociais ele interage mais?
Vamos tratar aqui sobre o segmento de moda. Não é novidade que todo e qualquer e-commerce desse segmento precisa trabalhar de forma muito comprometida com a questão das imagens de roupas, acessórios, etc, pois esse segmento é muito visual.
Nesse cenário, duas redes sociais têm se destacado como estratégicas para quem quer vender online roupas, sapatos e acessórios: o Pinterest e o Instagram. Embora muita gente ainda confunda, as duas redes sociais são bem diferentes.
O Pinterest consiste em um grande mural em que é possível criar catálogos com imagens de grupos distintos. O usuário vê uma bolsa bonita na loja virtual e, se o site tiver a opção, ele “pina” para o mural dele no Pinterest. Geralmente, as pessoas “pinam” produtos que acham interessantes e que pretendem consumir um dia. Assim, muitas vezes o Pinterest funciona como uma “lista de desejos”.
Além disso, com o Pinterest, também é possível criar um catálogo próprio de bolsas para, depois, escolher qual comprar. Por exemplo, uma pessoa está atrás de uma bolsa branca. Ela entra em várias lojas online, e até mesmo no próprio Pinterest, para ver os modelos disponíveis e “pina” os de que mais gostou. Depois, ela vai no mural que criou no Pinterest e escolhe a que mais lhe agrada, partindo para efetivar a compra. Vale lembrar que esse processo é muito facilitado pelo fato de o Pinterest “pinar” toda a página de venda do produto, e não apenas a foto. Com isso, basta clicar na imagem no Pinterest para o usuário ser direcionado exatamente para a página eletrônica em que aquele determinado produto está disponível para ser comercializado.
Já o Instagram, apesar de disponibilizar todas as fotos e vídeos compartilhados, é mais focado na construção de uma base de seguidores e no relacionamento entre os usuários e o negócio. Nesse sentido, é preciso trabalhar a ferramenta de forma estratégica, visando o engajamento com os consumidores. O Instagram permite, por exemplo, que as pessoas postem comentários nas fotos. Uma forma bem eficiente de mostrar para o cliente o quanto a opinião e a participação dele são importantes é respondendo os comentários, interagindo com ele.
Outro aspecto positivo é que, como boa parte das redes sociais, o Instagram aceita o uso de hashtags, ou seja, palavras-chaves precedidas pelo símbolo do jogo da velha (#moda, #tendência, #promoção, #coleçãooutonoinverno, #spfw etc.). A vantagem de utilizá-las é que, ao clicar em uma delas, o usuário é direcionado para uma nova página, que agrupa todas as fotos e/ou vídeos publicados com a hashtag. Por isso, é importante estar atento para as hashtags que serão utilizadas. Elas podem funcionar como um canal de divulgação do negócio no Instagram e até resultar no aumento do número de seguidores/curtidas.
Para ter ideia do impacto dessa rede social, o Brasil representa a segunda maior comunidade do Instagram do mundo. Ao todo, são 300 milhões de usuários ativos que compartilham cerca de 70 milhões de fotos e vídeos por dia.
De acordo com o fundador do Fashion.me, Flavio Pripas, o Instagram é muito mais uma ferramenta de distribuição do que necessariamente um local para a organização de conteúdo.
De acordo com ele, o ideal seria utilizar as duas ferramentas em um e-commerce voltado para o segmento de moda. “Eu usaria o Pinterest para fazer catálogos, por exemplo, das coleções. Colocaria todas as imagens lá dentro e utilizaria o Instagram para distribuir essas imagens para os meus seguidores, direcionando-os tanto para o próprio Pinterest quanto para o site. O uso destas duas ferramentas de forma coordenada funciona muito bem”, explica.
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Atualmente o Instagram pode ser usado para promover praticamente qualquer coisa, há um tempo atrás por exemplo, quase ninguém pensava em revelar fotos polaroid, porém conforme muitas influencers começaram a mostrar fotos assim, virou febre e hoje existem empresas do ramo de fotografia lucrando muito fornecendo impressão neste formato.