Mesmo com a pandemia do coronavírus, o número de cervejarias registradas aumentou quase 15% no Brasil em 2020. O mercado tem crescido nos últimos anos e nem a crise da Covid-19 parou com a tendência. No entanto, o registro de novos produtos para cerveja sofreu redução em relação a 2019, com 15% a menos. As cervejarias continuam em ascensão de Norte a Sul do país.
A grande maioria das cervejarias está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, com pouco mais de 85% do total delas, mas foi o estado do Piauí que teve o maior crescimento deste tipo de empreendimento, com 200% a mais que no ano anterior. Considerando a densidade por habitantes, a região Sul se destaca. Santa Catarina leva a melhor, com cerca de 41 mil habitantes por cervejaria. A cidade de Santo Antônio do Palma, no Rio Grande do Sul, chega a 1.062 habitantes por cervejaria registrada. Os dados são do Anuário da Cerveja 2020 divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Como montar uma cervejaria artesanal
Muitos dos que se aventuram nos negócios e abrem cervejarias artesanais começam pela paixão. Alguns começam a produzir para consumo próprio, experimentar as técnicas e afinar as receitas até estarem prontos a tornarem o hobby um negócio. Para montar uma cervejaria artesanal, é preciso pesquisar sobre métodos de produção, que, em comparação com a produção em larga escala, é mais lento e manual. O processo industrial acaba por afetar o sabor da bebida.
É importante determinar com quais ingredientes trabalhar e desenvolver o sabor e o aroma. A cerveja industrial acaba tendo uma baixa qualidade e a cerveja artesanal pode oferecer um diferencial no paladar do consumidor. É essencial fazer um plano de negócios antes de começar e ficar atento às exigências legais quanto à abertura da empresa, bem como em relação à legislação sanitária vigente. Deve-se investir na estrutura do local com equipamentos e determinar parcerias com fornecedores confiáveis.
Além da proliferação das cervejarias, a venda de vinho também aumentou em 2020. No Brasil, o consumo subiu mais de 70%, e muitos adquiriram esse hábito. O consumo foi também impulsionado pela tecnologia. O e-commerce ganhou força na área. Apesar de os brasileiros não serem grandes consumidores de vinho, a tendência é que esse número cresça de ano a ano. O vinho rosé, o tinto e o branco vêm conquistando mais adeptos. Segundo uma estimativa da consultoria inglesa Wine Intelligence, mais de seis milhões de habitantes do país se tornaram apreciadores de vinho desde 2018. Os brasileiros desenvolvem suas papilas gustativas e apreciam mais vinhos e cervejas artesanais.