Diante de um consumidor exigente por constantes novidades, a produção brasileira da peça mais popular da história da moda avança. Lidar com um produto que tem 140 anos de tradição é tão desafiador para criadores de moda (designers, estilistas e profissões afins) e para indústria, seja ela grande ou pequena, quanto para o varejo da moda.
Isso porque a reinvenção da moda, especialmente com a chegada do fast fashion, associada a uma feroz e permanente demanda por novidades nas vitrinas pelos consumidores, faz com que as peças sejam reinventadas inúmeras vezes por ano.
O Brasil vem apresentando contínuo crescimento em volumes de unidades confeccionadas nesse mercado centenário. Em um ritmo superior a 6% ao ano, entre 2008 e 2012, o segmento aumentou sua participação no mix geral da produção de vestuário. Com tal evolução, a participação desse produto subiu de 4,7% das peças confeccionadas, para 6%.
Em 2012, foram produzidas 348,8 milhões de peças, representando um crescimento de 27% a mais quando comparado a 2008. No mesmo período, a fabricação de outros artigos de vestuário cresceu pouco mais de 4%. Para 2013, as estimativas para a produção de jeanswear são de crescimento de 3,5%, enquanto que para o vestuário em geral são de queda de 0,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEME), a partir da publicação do seu “Estudo do Mercado Potencial de Jeanswear no Brasil”.
O segmento de jeanswear conta com 6,2 mil empresas produtoras, que representam 22,4% do total das confecções de vestuário em geral. A sua maior concentração ocorre no Sudeste, mas possui, também, forte representação no Sul e Nordeste do País, com destaque para os estados do Paraná, Pernambuco e Ceará.
A expressividade dos números da indústria de jeanswear não termina na produção brasileira. As importações do produto avançaram bastante nos últimos anos, favorecidas pela forte valorização do Real diante do dólar americano. “Isso afetou a competitividade dos produtos industrializados no país, frente aos importados”, explica Marcelo Prado – diretor do IEME. A participação do jeanswear importado deve alcançar não mais que 6,3% do volume total consumido deste produto no país, preservando aos produtores e marcas nacionais o pleno domínio do mercado interno.
De acordo com as normas para confecção de jeans, do Portal MPE ABNT, publicado em 2012, atualmente, existem muitos tipos de consumidores de jeans. Por exigência da variedade exigida por esses consumidores, foram criados muitos tratamentos para passar o aspecto de descorados, rasgados, envelhecidos, esfiapados, gastos, empoeirados, camuflados e sujos.
O documento é de alta relevância tanto para empresários estabelecidos, como para aqueles que pretendem atuar no setor. Ele traz informações técnicas sobre: tipos de defeitos, estocagem de tecidos e como etiquetar os produtos da confecção, entre outros assuntos.
Acesse-o clicando aqui. Essa publicação é uma iniciativa que tem como parceiro o SEBRAE, que tem uma longa história de apoio à indústria da confecção no Brasil.