O mercado está apostando fortemente na disposição dos brasileiros em praticar atividades físicas no tempo livre. Entre 2007 e 2012, houve um crescimento no Brasil de 133% no número de micro e pequenas empresas que investiram no setor, saltando de 9,3 mil estabelecidas naquele ano para 21,7 mil empresas neste.
Somente em Minas Gerais, por exemplo, um levantamento do Conselho Regional de Educação Física (Cref-MG) aponta que o número de academias cresceu 153%. O recorte da capital Belo Horizonte revela um crescimento de 72,5%, calculada a abertura de 174 novas unidades.
Seja pela procura de melhor qualidade de vida ou por questões estéticas, o fitness movimenta mais de US$ 2 bilhões, conforme revela a revista da Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil).
O fato é que esse movimento do mercado promove avanço nas oportunidades de negócios. A depender dos empreendedores brasileiros, a atividade tem tudo para continuar impulsionando os pequenos negócios no país, considerando que no portal SEBRAE, entre as Ideias de Negócios publicadas, a Academia de Ginástica está entre as mais procuradas.
Oportunidades
- Equipamentos
O boom dos negócios de fitness também impulsiona o mercado fornecedor de equipamentos, que evoluiu em tecnologia e provocou ainda mais aquecimento aos negócios das academias. Os avanços tecnológicos e a interoperabilidade de sistemas permitem que o hábito de fazer exercícios possa ser mais assertivo e interativo e contribuem efetivamente para a melhoria dos resultados dos praticantes de atividade física. A edição no 60 da Revista Acad traz uma matéria sobre o tema que dá a dimensão desse segmento.
Mas a oportunidade de fornecer equipamentos para atividade física não se restringe aos espaços privados, como academias, condomínios e residências. As instalações públicas, como os programas de Academias da Saúde ao Ar Livre, implantados nos municípios brasileiros também se despontam como oportunidades para pequenos negócios no país. É possível compreender melhor como funciona essa oportunidade, acessando a publicação Boas Práticas de Implantação e Gestão de Academias ao Ar Livre, divulgada pelo governo do Estado de Minas Gerais, em 2013.
- Academias
Os espaços e serviços nas academias também evoluíram. Ao mesmo tempo se diversificaram os potenciais nichos de mercado para atuar no setor. Desde grandes ambientes, com várias propostas de atividades e maior socialização aos pequenos, com atendimento personalizado, privacidade e práticas específicas para determinados perfis de consumo. Os nichos de mercado no setor podem ser muito variados: pessoas obesas, grávidas, detentoras de comprometimento neurológico e musculares, além de idosos e bebês e crianças.
Os estúdios estão em alta. Oferecem, geralmente, 60 minutos de exercício em uma sala que só entram, no máximo, três alunos, aliando musculação e atividades aeróbicas à técnica do pilates, que trabalha a consciência corporal e a postura. Pelos serviços, essas unidades cobram valores mais altos do que a mensalidade de uma academia tradicional e, mesmo assim, ainda ficam menores se comparados aos grandes espaços que oferecem os serviços de treinador pessoal (personal trainer) em seus ambientes.
Academias para idosos também entram na seara dos nichos de mercado. O envelhecimento da população brasileira, apontado pelas estatísticas do IBGE, e o interesse desse público por melhor qualidade de vida, eleva a taxa de pessoas que procuram melhorar a funcionalidade do corpo. Em 2010, os brasileiros acima de 50 anos somavam 38 milhões de pessoas e a previsão é que em 2050 esse número chegue a 98 milhões. Veja sobre o tema em Aumento da longevidade garante mercado crescente até 2050.
Na outra ponta da balança etária, estão os bebês e crianças, cujos pais estão buscando por alternativas para que seus filhos cresçam com mais saúde e se afastem, pelo menos um pouco, do acesso a equipamentos tecnológicos que não prestigiem o movimento corporal. Academias voltadas a esse público também investem em brinquedos como forma de estimular a criatividade e substituir, na medida do possível, a recreação nas ruas das cidades.
Competitividade
Ao mesmo tempo em que aumentam as oportunidades, cresce também a exigência por uma gestão competitiva nos negócios do setor.
Para se tornar mais competitivo, é importante dimensionar o conjunto de serviços agregados e avaliar o custo-benefício dos mesmos. É fundamental investir na qualidade do serviço e tornar o ambiente agradável, oferecendo uma boa variedade de opções de modalidades individuais e coletivas para homens e mulheres.
Para empresários de novos negócios ou de negócios existentes, uma boa dica é a publicação Ponto de Partida – Saiba como montar uma Academia de Ginástica do SEBRAE-MG. Organizada em capítulos que abordam o negócio e alcançam temas como o design de ambientes, recursos humanos, equipamentos, produtos e serviços; além de relatos de empresários do setor, direitos do consumidor e legislação específica.
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