Saber o que o cliente aprecia na peça de artesanato e o que exatamente ele procura ao bater os olhos em uma peça é de fundamental importância para o desenvolvimento de um produto comercial, sem deixar, no entanto de ser artesanal.
Estudos com grupos focais e em grandes eventos voltados ao artesanato concluíram que muitos dos que o compram fazem pelo apelo da beleza das peças. Para lojistas e artesãos o critério prioritário de compra de peças artesanais é a “beleza”. Esse critério parece suplantar o caráter histórico e cultural do artesanato. Ter em mente a relevância da beleza em um ornamento é uma das dicas para se desenvolver peças que vendam mais facilmente, mas não é a única. É preciso agregar valor através do componente cultural.
A culturalização do artesanato deve ser feita na medida certa para não limitar a apreciação da peça, causando o efeito contrário ao da valorização. A este equilíbrio dá-se o nome de universalização dos aspectos da cultura. A universalização é o oposto do caráter eminentemente histórico e local das peças. É possível ser local e ao mesmo tempo universal.
Uma visão objetiva dos lojistas diz que os clientes não querem adquirir apenas a iconografia local, mas querem a produção artesanal desse local por sua beleza. Quando procuram beleza, procuram por design também. É claro que em alguns lugares as imagens locais, já universalizadas pelo marketing, podem interessar ao cliente. Não se deve excluir esse aspecto.
Tem-se, portanto um conjunto de conceitos relevantes para se pensar uma peça antes, durante e depois de sua confecção:
- Beleza;
- Design (diferenciação);
- Qualidade;
- Aspecto cultural;
- Universalização do cultural;
- Preço.
Com intuito de esclarecer ainda mais a questão da universalização, pode-se dizer que universalizar sem perder o compromisso com a cultura local, exige identificar no processo criativo elementos dessa história e desse ambiente que possam ser utilizados, sem necessariamente prender o cliente do artesanato a dimensão local restrita. Não fazer da peça uma lembrança local direta e definida, mas uma referência a elementos existentes ali, naquele local. Para os lojistas esta é a melhor e mais rentável expressão da arte na peça.
O artesão encontra mais informações e dicas sobre como tornar sua arte mais atrativa no link: http://sebraemercados.com.br/.