Como não poderia deixar de ser, o Estudo Setorial Minimercados, do Sebrae Nacional, traz um capítulo totalmente dedicado a uma questão que não sai da cabeça de quem tem um negócio no setor: como concorrer com as grandes redes varejistas?
De acordo com a publicação, são várias as vantagens que os mercados de vizinhança podem apresentar para o consumidor em relação à concorrência dos hipermercados, entre elas:
- localização privilegiada (mais próximos dos clientes e por isso possuem mais agilidade para conhecer e se adaptar às diferentes demandas e preferências de seus consumidores)
- fim da inflação e estabilidade da moeda (fortaleceu os mercadinhos, uma vez que não existe mais a necessidade de grandes compras por parte do consumidor).
Por outro lado, a realidade dos hipermercados é bem diferente: vivem uma competição acirrada num mercado com margens pequenas, com aluguéis de grandes imóveis muito caros e na maioria das vezes distantes de locais residenciais.
Atenção aos grandes
Embora o cenário seja favorável aos pequenos comerciantes, é importante ficar de olho, pois os grandes varejistas estão se adaptando. As três gigantes do setor supermercadista, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart, já investiram e continuam investindo em lojas no formato de vizinhança. Carrefour, por exemplo, abriu a primeira unidade com a bandeira “Bairro” em 2006. De lá para cá, conseguiu manter lojas nesses formatos nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. O Walmart aposta no modelo por aquisição para promover o crescimento da bandeira Todo Dia, que é um dos focos de expansão da companhia no Brasil. Hoje, há mais de 170 pontos de venda em 11 estados, o que demonstra a força do formato para a empresa.
Diferenciais competitivos dos pequenos
Os mercadinhos geralmente são estabelecidos em áreas residenciais e atendem às demandas dos consumidores em termos de variedade de produtos. Ao mesmo tempo, acabam se tornando local de conveniência, sempre ao lado do cliente para resolver qualquer problema. E ainda seus proprietários moram na região e conhecem muito bem as características do local. Diferentemente do que acontece com grandes competidores que escolhem locais de grande circulação, mais distantes e mais dispendiosos em tempo de percurso e de compra.
Outra vantagem é o fato de os colaboradores, que trabalham no pequeno varejo, gozarem de maior estabilidade e proximidade com seu empregador, o proprietário da loja, que está geralmente disposto a ajudar, quando necessário. Em troca, os colaboradores prezam mais o trabalho e procuram preservá-lo pois, em outras empresas, teriam como superior um gerente sem poder de decisão em questões quase sempre particulares e que envolvem adiantamentos ou ajudas financeiras.
Conheça mais sobre os seus concorrentes acessando a íntegra da publicação (em PDF).