O dossiê técnico para o setor de embalagens alimentícias do Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas aponta como tendências:
● Tamanho: as embalagens são encontradas cada vez mais com seu tamanho reduzido, devido à redução do tamanho das famílias. Outro fator das embalagens estarem cada vez menores é a variedade de produtos comercializados dentro de uma mesma linha, diferenciando pela marca
● Embalagem global: estas embalagens são produzidas para facilitar a identificação por diferentes países e culturas, pois têm poucas palavras e utilizam símbolos e figuras universais para fixar a imagem do produto em qualquer parte do mundo. Alguns países estão adotando as embalagens globais para a linha de produtos cuja marca já é consagrada em vários continentes.
● Embalagem ecológica: o crescimento da consciência ecológica, em nível mundial, tem estimulado a produção de embalagens recicláveis, de refis e de embalagens que, ao serem descartadas, podem ser amassadas, reduzindo assim o espaço ocupado nos aterros sanitários.
● Embalagem autodestrutível: são embalagens que estão em processo de desenvolvimento. É só uma questão de tempo para que a primeira embalagem autodestrutível seja produzida e desapareça como resultado de seus polímeros de programação temporária. Os avanços que estão ocorrendo na engenharia de materiais terão um papel fundamental na consolidação desta tendência.
● Embalagem funcional: são embalagens que apresentam informações claras e objetivas sobre o conteúdo das embalagens, detalhes sobre a fabricação do produto, formas de manipulação da embalagem, fechamento e refechamento para uma correta conservação do alimento, entre outras características. Sistemas de fácil abertura de tampas metálicas para latas e frascos de vidro são exemplos de embalagens funcionais para o acondicionamento de alimentos. Elas evitam a contaminação e possibilitando uma melhor conservação, prolongando-se, muitas vezes, a possibilidade de consumo dos produtos.
A pesquisadora Claire Sarantópoulos, do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é quem indica a oportunidade de mercado. De acordo com ela, a variedade de embalagens encontrada no Brasil, ainda é restrita ao perfil do nosso mercado, em que os grandes volumes são de baixo valor agregado: “Temos produtos de alta tecnologia como as latas de alumínio usadas em bebidas, filmes plásticos de alta barreira utilizados na conservação de alimentos e garrafas PET com reciclagem pós-consumo. Contudo, algumas tendências para o futuro ainda são raras no país como sistemas mais sofisticados de fácil abertura, embalagens ativas e inteligentes – que controlam os gases e a umidade ao redor de frutas ou incorporam absorvedores de oxigênio para preservar alimentos e bebidas por mais tempo – e outras tecnologias de rastreabilidade, como as etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID).”
Leia também: