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TURISMO DO CAFÉ: UMA VIAGEM AO SÉCULO XIX

TURISMO DO CAFÉ: UMA VIAGEM AO SÉCULO XIX

Fazendas da região do Vale do Paraíba contam uma parte da história do Brasil

Bebida muito apreciada no Brasil, o café nasceu há mais de mil anos na Etiópia. Reza a lenda que um pastor notou que suas ovelhas ficavam bem mais espertas depois de terem comido uma frutinha vermelha até então desconhecida – o café. Ele resolveu experimentar e gostou. O café só começou a ser cultivado no Iêmen, na península arábica. De lá, o cultivo se expandiu para toda a península e depois para o Império Otomano (atual Turquia), de onde se difundiu para o resto do mundo. 

No Brasil o café chegou em 1726, contrabandeado da Guiana Francesa por Francisco Melo Palheta, que trouxe para Belém do Pará mudas daquela planta então exótica. Depois, a cultura do café se expandiu para o Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Em 1825, com a crise da produção cafeeira no Haiti, então o maior produtor mundial, o Brasil entrou firme na comercialização do produto e em pouco tempo se tornou o carro-chefe do café no mundo. Esse processo teve início no Vale do Rio Paraíba, região que abarca parte dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde havia terras virgens abundantes e clima favorável ao cultivo. 

Hoje, as cidades que abrigavam o Vale do Café no Rio de Janeiro – Vassouras, Valença, Rio das Flores, Barra do Piraí, Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul e alguns distritos, como Ipiabas e Conservatória, que pertencem a Barra do Piraí e a Valença – se transformaram em pontos turísticos, onde se pode visitar as fazendas históricas daquela época de ouro do café. 

“Temos mais de dez fazendas de café do século XIX no Vale do Paraíba; a maioria aberta à visitação pública”, conta Adriana Lavinas, representante das agências de viagens no Comtur e ex-presidente do Conselho Municipal de Turismo de Vassouras. “As que estão abertas oferecem normalmente uma visita guiada, em que se mostra uma parte da história do Brasil no século XIX, como aquela fazenda funcionou etc. Como mais de 90% dessas fazendas foram restauradas, os guias acabam contando também a história delas”, continua. “Algumas fazendas oferecem produtos adicionais, como torra presencial de café, sarau histórico, almoço e jantares temáticos”. 

Adriana explica que o turismo histórico na região teve início há cerca de 15 anos, quando a proprietária da Fazenda Ponte Alta, em Barra do Piraí, percebeu que era um desperdício não compartilhar com o público a rica história das fazendas e articulou com outros proprietários um movimento para criar esse tipo de turismo. “Com o tempo esse atendimento foi se profissionalizado. Hoje, temos regras, protocolos, um horário definido – uma média de 1h40, 2h00.” 

Ela conta que a Fazenda Santa Eufrásia, em Vassouras, é a única da região que foi tombada pelo Iphan. A fazenda estava deteriorada, mas como a Petrobras pretendia passar dutos pela propriedade, foi feito um acordo com os proprietários para o financiamento da reforma pela estatal. O restauro foi feito há três anos.

Ouça este podcast com a entrevista completa de Adriana Lavinas, representante das agências de viagens no Comtur e ex-presidente do Conselho Municipal de Turismo de Vassouras.

Festivais e eventos

O visitante pode se hospedar tanto em pousadas simples quanto em hotéis ou mesmo em uma fazenda. “A procura está crescendo. Vassouras, por exemplo, se reposicionou como cidade de turismo histórico, dando muita visibilidade à cidade. Com isso, a região também acaba tendo visibilidade. Conservatória, que faz parte do vale do café, também tem muita visibilidade, o que beneficia todo o entorno”, pontua.

“Temos também alguns eventos que atraem o visitante, como o Festival Vale do Café, que já tem mais de 15 anos e acontece sempre na última quinzena de julho. A parte principal dos shows é feita nas fazendas históricas. – um show de manhã, outro à tarde. Atualmente, esse festival está suspenso devido à pandemia, mas é possível que seja retomado no 2º semestre”, ela conta. “Temos também o Café, Cachaça e Chorinho, que acontece em abril simultaneamente em todos os municípios da região; no início da primavera temos o Flor Atlântica, que tem lugar no Parque Uaná-Etê, criado pela harpista Cristina Braga. E a Festa das Luzes, também no Uaná-Etê, no final de maio, início de junho”, esclarece. “Mas na verdade essas fazendas podem ser visitadas em qualquer época do ano, mesmo no período de chuvas”.

Adriana explica que a maioria das fazendas aceita visitas de grupos a partir de duas pessoas, mas algumas pedem grupos maiores, a partir de dez pessoas. “Nosso público é bastante eclético, recebemos pessoas de todas as faixas sociais, todos os níveis. Temos aqueles que gostam da história, que já vêm com alguma bagagem e que querem complementar essa bagagem; temos aqueles que são só curiosos; pessoas formadas em História; guias turísticos. Em suma, turistas de todo tipo”. 

Ela explica que o turismo nas fazendas da região caiu muito com a pandemia. “O impacto foi muito duro. A maioria dos proprietários tem idade avançada, então o risco era muito grande. Mesmo quando começou a retomada, várias fazendas continuaram fechadas. Mas agora, com as vacinas, a maioria delas foi reabrindo. Temos notado que a procura voltou a crescer. Todos os protocolos sanitários são obedecidos: uso de álcool gel e máscaras, distanciamento e número limitado de pessoas”.

Rota do Café

A ROTA DO CAFÉ NO VALE DO PARAÍBA DO SÉCULO XIX
(crédito: Portal Vale do Café)

Leia mais…

Para saber mais sobre o tema, clique aqui: Turismo de Exériência

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