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Resíduos do Azeite de dendê viram biocombustível no Pará

Resíduos do Azeite de dendê viram biocombustível no Pará

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A sobra do dendê deixou de ir para o lixo e passou a ser transformada em biodiesel.

A diversificação das matérias primas para a produção do biodiesel é um dos principais interesses do setor agroenergético. Hoje cerca de 80% do combustível vem da soja, que apresenta como desvantagem balanço energético baixo, com rendimento menor que uma tonelada de óleo por hectare. Na busca por fontes alternativas, o dendê apresenta boas perspectivas, pois tem potencial para produzir 5 mil quilos de óleo por hectare, além de ser domesticado e estudado há anos.

Depois de duas décadas produzindo óleo de palma, ou azeite de dendê, o Grupo Agropalma (maior fabricante de óleo de palma da América Latina), instalado no Pará, descobriu que os resíduos da fabricação do azeite podem ser reaproveitados como combustível.

O combustível renovável foi desenvolvido em parceria com a Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para a obtenção do produto, são aproveitados 95% dos ácidos graxos do azeite de dendê. Na usina de Belém (PA) são produzidos 8 milhões de litros por ano, dos quais 3 milhões abastecem a frota total da companhia. Os 5 milhões de litros excedentes são comercializados.

Como os motores tradicionais podem utilizar o biodiesel sem a necessidade de adaptação para o abastecimento, os tratores, veículos e implementos utilizados no cultivo da palma não poluem o meio ambiente.

O biocombustível obtido dos resíduos do dendê foi batizado como “palmdiesel” devido a sua alta qualidade. Isso porque o biodiesel obtido a partir do óleo de palma é um produto mais puro, isento de glicerina e muito mais barato.

A fábrica de biodiesel da Agropalma produz biodiesel especificado apenas por esterificação, ao invés da transesterificação.

Sustentabilidade

Um estudo realizado pelo pesquisador Túlio Dias Brito, no curso de Agronegócios da Universidade de Brasília, mostra que a produção do dendê precisa ser sustentável para manter competitividade.

Entre os fatores positivos apontados está a utilização do cultivo da palma na recuperação de áreas de pastagens degradadas na Amazônia.

Comparada à pecuária de corte realizada na região, a produção do dendê também emprega mais pessoas, pois a colheita da palma é manual. Para cada 10 hectares de palma, é necessário um empregado, sendo a mesma mão de obra utilizada em 500 ou 1.000 hectares na pecuária.

Para saber mais sobre esta e outras oportunidades acesse a seção de Agro do Sebrae Mercados

Fonte: Sebrae.com.br

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