Durante longos séculos, a infância foi extremamente subestimada pelos adultos, e a relevância para a maturação e desenvolvimento integral do indivíduo foi minimizada de forma geral pela sociedade.
Segundo relatos de Jaime Francisco Parreira Cordeiro, em seu livro “Didática”, de 2007, a escola como a conhecemos hoje começou na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XV. Foi nesse período, que a infância começou a ser entendida como um período particular e específico da vida do ser humano, muito diferente da idade adulta.
Então, a partir da metade do século XIX, a escola começou a abrir-se a sistemas nacionais de ensino. Daquele período até os dias de hoje, a instrução escolar sofreu modificações, e avanços.
Diferentes métodos, hoje, são aplicados com foco no desenvolvimento infantil. Impulsionado pela pandemia, inclusive, o chamado homeschooling ganhou força, mas não é muito bem aceito no Brasil por enquanto. Já o ensino online advindo de uma instituição de ensino tem se estabelecido, mesmo diante dos desafios socioeconômicos da sociedade brasileira.
Outros métodos, mais focados no desenvolvimento de bebês e crianças de primeira idade, também têm avançado no país. É o caso da abordagem Pikler e do método montessoriano, que por meio de brinquedos e aparelhos específicos concedem à criança muito mais autonomia, confiança e desenvolvimento motoro.
Entre os modelos de brinquedos montessori, por exemplo, é possível destacar casinhas, torres, cozinha, mesa, escada, estante e até “máquina de lavar roupas” que se enquadram perfeitamente à estatura da criança e contribui para seu aperfeiçoamento cognitivo, além de despertar habilidades naturais.
Mas, qual a relação da educação infantil com os aspectos econômicos de uma sociedade? Pesquisas apontam que países que não investem na educação de primeira infância possuem maiores índices de criminalidade, taxas de gravidez na adolescência, evasão escolar e menores níveis de produtividade.
Assim, ao investir em educação, é essencial um olhar diferenciado voltado para a educação infantil, base de todo o ensino. A criança bem instruída se sentirá mais capacitada para exercitar seu aprendizado ao longo dos anos e, assim, ter maior preparo para sua inserção no mercado de trabalho, com um salário melhor.
Uma verdadeira inclusão educacional deve começar pela base, para reduzir as desigualdades sociais, melhorar a produtividade do país e, consequentemente, sua economia.
