O Brasil foi o primeiro país na América Latina a regulamentar a disposição final de pneus inservíveis. Primeiramente foi instituída a responsabilidade pós-consumo ao fabricante e ao importador do produto e, posteriormente, a corresponsabilidade pela coleta aos distribuidores, revendedores e consumidores finais.
Se antes dessa regulamentação, somente 10% dos pneus no Brasil, eram reciclados. Em 2011, o setor destinou aproximadamente 85% dos pneus inservíveis referentes à meta nacional calculada para aquele ano. Enquanto os fabricantes superaram a meta, com 101,79%, e os importadores não a alcançaram (66,74%).
A publicação Lixo Zero – Gestão de resíduos sólidos para uma sociedade mais próspera – fonte de todas essas informações, traz um panorama da destinação adequada no país e ilustra a distribuição dos pontos de coleta do produto. Veja:
A maior parte da destinação adequada concentra-se nas Regiões Sudeste (62,45%) e Sul (20,84%). A região Norte, por exemplo, só consegue destinar adequadamente 1,60% dos pneus inservíveis. Parte da explicação se dá pelo reduzido número de pontos de coleta (1.127), dos quais 647 estão localizados em municípios com população acima de 100 mil habitantes.
Asfalto-borracha: uma aposta do Estado do Rio de Janeiro
A publicação Lixo Zero afirma que, apesar de ser 30% mais caro que o convencional, o asfalto-borracha, pode durar até o dobro do tempo. No Brasil, seu consumo está estagnado desde 2003 e para seus fabricantes, como a Petrobras Distribuidora, a superação das dificuldades para a produção em larga escala só será possível caso seu uso na pavimentação se torne obrigatório por lei.
Mas as recentes ações promovidas pelo Estado do Rio de Janeiro são positivas para a expansão desse mercado no Brasil. Em julho de 2011, o governador assinou decreto que prevê o uso do asfalto-borracha na pavimentação das rodovias estaduais, na proporção igual ou superior a 15% da composição total da mistura asfáltica. A expectativa do governo do Estado do Rio de Janeiro é tornar-se referência em asfalto ecologicamente correto para todo o Brasil.
Leia também “Aplicações para pneus inservíveis que geram negócios sustentáveis” neste blog.