Para micro e pequenas empresas, a permanência em uma política de afastamento dos meios eletrônicos de pagamento pode se revelar um grande erro estratégico. Nas Olimpíadas e Paraolimpíadas de Londres, alguns setores tiveram incremento de 70% no volume de negócios com cartão.
Por isso, para micro e pequenas empresas, a permanência em uma política de afastamento dos meios eletrônicos de pagamento pode se revelar um grande erro estratégico. Erro que tende a ficar mais contundente quando delimitado o cenário dos grandes eventos no Brasil – Copa das Confederações 2013; Copa do Mundo FIFA 2014; Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, considerando o número expressivo de turistas esperados no país.
Os dados do Sebrae apontam para cerca de três milhões de micro e pequenas empresas e 900 mil empreendedores individuais, além de milhões de pequenos negócios informais que ainda não têm acesso aos meios eletrônicos de pagamento nas suas relações comerciais com clientes e fornecedores.
Na outra ponta, estão 75% de brasileiros que já possuem algum tipo de cartão, seja de crédito, débito ou cartão de loja. Dada a importância dos sistemas de cartões nos negócios empresariais, essas empresas que ainda não têm acesso aos meios eletrônicos de pagamento deixam de aproveitar as vantagens dos sistemas de vendas por cartão, especialmente diante do potencial e representatividade desse mercado.
Para que se tenha uma ideia da projeção de negócios, em virtude das oportunidades que virão dos megaeventos esportivos, vale conferir o conjunto de dados disponibilizados pela Visa, que trata do aumento percentual do volume de negócios, por atividade, no período das Olimpíadas e das Paraolimpíadas de Londres em 2012, na ilustração publicada no boletim Sebrae 2014 – Especial – oportunidades em meios eletrônicos de pagamento. Clique aqui para ler.
DADOS MAIS RECENTES
O uso dos cartões de crédito e débito representou 26,4% do consumo das famílias brasileiras em 2012, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Cinco anos antes, esse percentual chegava a 16,7%. A preferência pelo uso dos meios eletrônicos para pagamentos fez crescer o faturamento do setor, que chegou a R$ 724,3 bilhões, uma alta de 18% em relação ao ano anterior.
Quando considerados somente os cartões de débito, o crescimento foi maior, com 20,6%, o que representa um faturamento de R$ 244,8 bilhões. Em relação ao crédito, a alta atingiu 16,6%. Nessa modalidade, R$ 479,5 bilhões foram registrados em transações. No comércio, por exemplo, as transações com cartão de crédito e débito já representam 58% do faturamento do setor.
A entidade apontou ainda que cresceu o número de brasileiros que usam de forma adequada o cartão. Em dezembro de 2011, 29% do que os bancos iriam receber continha juros por atraso. Em 2012, esse percentual caiu para 26%.
Na comparação por região, a Sudeste concentra 62% dos valores registrados em transações de cartões de crédito, seguido pela Nordeste (16%), Sul (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%). Em relação ao crescimento no faturamento, a Região Centro-Oeste teve a maior alta, com 20,5%.
Leia no mesmo especial do Sebrae 2014:
- Cartões de pagamento impulsionam receitas durante megaeventos esportivos.
- Pesquisas indicam que aumento de gastos se mantém após os megaeventos.
- A expansão dos pagamentos móveis.