Algumas particularidades na produção de flores atuam para facilitar o comércio internacional, enquanto outras trazem mais desafios para produção.
A flor não é um alimento, o que dispensa a implementação de um sistema de rastreabilidade, que é crescentemente exigido pelos países importadores e que traz vários desafios para a produção em pequenas propriedades. Entretanto, as barreiras à entrada na produção de flores são maiores. Necessita-se, por exemplo, de elevados investimentos iniciais e de quantidades mínimas de produção para garantir oferta constante, o que implica a necessidade de capital mínimo para iniciar a produção.
Dada essas características da indústria, a formação de parcerias nesse setor é feita para conseguir garantir a confiabilidade do fornecimento, o que inclui o cumprimento de prazo (principalmente para atender às datas comemorativas), de qualidade e da quantidade acordada com o comprador.
Parcerias também podem ser desenhadas para transferir técnicas de produção que visem ao incremento da qualidade do produto e permitir o acesso a mudas de variedades de plantas com demanda internacional.
Nesse contexto, observa-se que os pequenos negócios envolvem-se basicamente em três tipos de parcerias:
- Relação com a grande empresa fornecedora de insumos
- Relação com firma âncora que consolida produção e exporta
- Cooperativa de produtores para garantir volumes mínimos de produção.
Cabe frisar que formas de parcerias com maior nível de comprometimento com o mercado externo foram identificadas, mas elas envolvem essencialmente médias e grandes empresas, dado o elevado volume de investimentos necessários.
Um exemplo é a Floramérica, empresa colombiana pioneira nas exportações de flores nesse país. A Floramérica investiu com outros produtores em uma firma de corretagem no exterior (a Colômbia Floral Exchange em Miami) para importação das flores em território norte-americano e fez acordos com a empresa aérea Avianca para fazer o transporte de flores de madrugada.
Entretanto, como o foco do trabalho é em pequenas empresas, esses casos não são apresentados. De fato, observa-se que os exportadores mundiais são grandes empresas e que esse setor vem sofrendo um forte processo de verticalização e concentração, e este é um dos principais fatores de sucesso de países exportadores como Colômbia, Israel e Quênia.
Assim, em países como o Quênia a estrutura produtiva de flores não tem a participação de pequenos negócios, o que dificulta a identificação de casos.
Para saber mais sobre a venda de flores no exterior, acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Venda-de-flores-para-o-exterior