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O mercado das frutas gigantes

Por Luciana Percegueiro

Missões internacionais e relações comerciais

As missões presidenciais internacionais são importantes para promover a relação comercial entre os países no médio e longo prazos, mas a visita oficial do presidente estadunidense Obama ao Brasil mostrou também as oportunidades no curto prazo e como produtos diferenciados tem demanda no Brasil.

Além dos 21 aviões trazidos por ocasião da missão e visitas oficiais a Brasília e Rio de Janeiro, produtos diferenciados dos EUA puderam ser consumidos. Dentre eles estava o morango da Califórnia, vendido por uma comerciante japonesa em Brasília por R$ 29 a caixa. Caro? Pois o empresário se arrependeu de não ter comprado mais… o produto teve saída certa, apesar do preço nada doce. Assim, um pequeno comércio japonês, vendeu todas as caixas adquiridas em apenas uma manhã.

O super morango

No Portal do Agronegócio há o caso de um produtor de Londrina que vende por R$ 8,00 a caixa de morangocom um peso total de 1,6 kg. Nesse caso, o produtor vende localmente, além de vender para os visitantes de sua chácara e no sistema “colha e pague”.

No Japão, um produtor está colhendo morangos de 91 gramas e está tentando cultivar morangos de 100 gr. cada.

A empresa estadunidense que produziu o morango das fotos é a Andrew & Williamson, que produz frutas na Baixa Califórnia e México. A produção utiliza a tecnologia mais atual disponível e, para isso, pesquisam continuamente as práticas inovadoras e reinvestem para aproveitar o clima e recursos naturais do local. A empresa tem 18 anos de experiência.

O morango da Califórnia é intitulada de oso grande. Devemos aproveitar a expertise da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para melhorar continuamente a produção de frutas brasileiras.

O mercado de frutas

O mercado de frutas brasileiro cresceu 3% em 2010, atingindo 15,12 milhões de toneladas. Desse total, 74,4% foram vendidos no varejo e 25,6% em outro canal referente às vendas institucionais e cadeias de alimentação segundo dados do Euromonitor. Dentro do segmento, a  demanda por produtos diferenciados é crescente; a venda de orgânicos atingiu 1,6% do mercado de frutas em 2010, um desempenho que cresceu de ano em ano, apesar da crise econômica mundial.

O motivo para esse crescimento é o aumento da renda e adoção de hábitos mais saudáveis. Segundo o Euromonitor, espera-se um crescimento de 21% no volume de vendas de frutas no Brasil entre 2010 e 2015. É nesse contexto que os morangos e ameixas registraram o crescimento mais rápido em 2010, com um aumento de 7%.

O valor agregado às frutas grandes tem potencial de mercado devido à característica do mercado brasileiro de frutas: elas são geralmente consumidas pelas classes A e B. Apesar da variedade de frutas oferecidas pelo Brasil, pela extensão do território e clima tropical, ainda não há a presença de grandes frutas brasileiras.

Contudo, há uma tendência de investimento na tecnologia. O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, está comprometida a melhorar a tecnologia aplicada na produção por meio de parcerias com produtores orgânicos.

Importações

Além da tecnologia necessária para produção das super frutas, o câmbio está favorável para as importações desse tipo de produto. Ademais, durante períodos chuvosos é comum a qualidade das frutas cair no Brasil.

Segundo o Euromonitor, a importação de morangos, ameixas, pêssegos e cerejas – que são tradicionalmente consumidos na Europa e nos Estados Unidos – devem bater recorde de importação entre 2010 e 2015. Isso será feito para aproveitar o crescente poder de compra da população, que é mais propensa a diversificar o consumo a comprar frutas tradicionais como bananas e laranjas.

A fruta depende fortemente de qualidade, preço unitário e disponibilidade durante o ano. Aqui reside a fora ou fraqueza de nossa produção.

Oportunidade

Em maio de 2010 a Confederação Nacional da Agricultura anunciou o início das discussões para uma campanha nacional que estimule o consumo de frutas e vegetais no mercado doméstico. De toda forma, é bom lembrar que a concentração das vendas ocorre em dezembro, principalmente no Natal e Ano Novo.

Em termos de promoção, há o programa “5 por dia”, lançado em 1991 nos EUA para melhorar a saúde pública por meio de uma dieta balanceada com o consumo de 5 porções de frutas e vegetais por dia. O papel de campanhas de saúde com a promoção dos benefícios das frutas contribuem para as vendas no curto prazo.

Toda esse mercado passa por tecnologia, e deve ser identificado o mercado especifico a ser atendido. Ao agregar valor ao produto pode-se ter um cliente diferenciado, de uma classe superior. No caso de Brasília, há um público com renda diferenciada em abundância que paga pelas características até então inexistentes na natureza.

O padrão de qualidade mudou e a tecnologia aplicada na fruticultura está ao alcance dos consumidores. Uvas e melancias sem caroço, morangos gigantes, frutas muito doces são apenas alguns exemplos dos feitos. Além disso, cada vez estão mais duráveis.

As super frutas são uma oportunidade de mercado brasileiro e os produtores internacionais estão de olho em nosso mercado. Devemos preencher esse espaço, desenvolvendo nossa tecnologia e nos preparando para promover nossos produtos para os grandes eventos esportivos que virão para o nosso país.

Luciana Pecegueiro Furtado, da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae

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