Está previsto para entrar em vigor em 2015 a Norma de Padronização de Vestuário Feminino, que propiciará ao segmento brasileiro de moda desenvolver produtos em conformidade ao padrão de corpos brasileiros, ao unificar as regras de medidas. A norma é resultado do projeto SizeBR – Estudo Antropométrico Brasileiro, uma parceria entre o Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o SENAI CETIQT.
O SizeBR está percorrendo todas as regiões brasileiras para realizar as medições corporais de mulheres, por meio da tecnologia de escaneamento de corpos em 3D. Essa tecnologia auxilia na categorização das medidas utilizadas para o desenvolvimento de um sistema de tamanho apropriado para cada tipo de corpo e região do Brasil.
“A padronização proporcionará aos consumidores e fabricantes roupas com dimensões que são, de fato, feitas para as consumidoras brasileiras.”, explica Maria Adelina Pereira, superintendente do Comitê̂ Brasileiro de Têxteis e do Vestuário, em entrevista para a Fashion Mag.
Vantagens
As medidas estabelecidas não serão impostas as confecções. Porem, os consumidores devem ficar mais satisfeitos com os novos tamanhos padronizados e com a indicação da estatura ou tipo físico para qual a peca foi feita.
Com a padronização, os lojistas terão otimizados o tempo de atendimento e o entra e sai de provadores, o que atrasa a vendedora. Além disso, a norma de medidas reduzirá o número de trocas de peças, o que já acontece no caso da moda infantil e masculina.
Em 2009 e 2012, a ABNT publicou referenciais de medidas do corpo de bebês e infanto-juvenil e masculino, respectivamente. As empresas que já se adequaram passaram a indicar na etiqueta, além do tamanho, a estatura ou biótipo da pessoa para qual a peça foi feita. Isso beneficiou, sobretudo, as lojas virtuais de roupas, que viram as trocas caírem, já que os consumidores têm mais confiança ao comprar um artigo de roupa pela internet.
Discrepâncias nas medidas
Nos últimos anos, sem um padrão antropométrico (conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano) para a construção das bases de modelagem, as industrias de confecção adaptam suas peças de acordo com o tipo físico do seu público-alvo. Muitas empresas criam o seu próprio padrão de medidas, montando a sua própria tabela e, assim, criando uma discrepância em nível nacional na modelagem e nas medidas.
Na imagem abaixo, você tem uma ideia desta discrepância:
Com informações do Relatório Trimestral de Moda – Ed. Janeiro/2015.
Foto: Moda Desnuda
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Edição: Fernanda Peregrino, da FC Comunicação.