É comum entre os motoristas a aquisição de algumas manias durante a direção. As que se relacionam com a postura são as mais perigosas. Por mais que pareça inocente e até estiloso abaixar o encosto do banco, essa manobra pode provocar sérias lesões em longo prazo ou em eventuais acidentes. Esse é apenas um exemplo de ações recorrentes na rotina de quem dirige, mas que potencializa as chances de danos à saúde.
Para evitar problemas ortopédicos ou disfunções musculares, é necessário corrigir os hábitos e reeducar o corpo todas as vezes em que estiver diante do volante. Tais mudanças não são fáceis, exigem um pouco de esforço, mas recompensam com ganhos na qualidade de vida. Confira algumas adequações imprescindíveis para que o ato de dirigir seja prazeroso, sem oferecer perigo a tendões, articulações, vértebras e musculatura.
Use o banco a seu favor
Como mencionado no exemplo acima, a posição do banco influencia a postura do motorista. Por isso, ao entrar no carro ou caminhão, é necessário checar se a coluna encontra apoio no encosto. Retirar os volumes dos bolsos traseiros, por vezes é um ato simples, que em muito contribui para o ajuste no banco. É preciso também alinhar a cabeça com o encosto para o pescoço. Esse arranjo ajuda a não sobrecarregar a cervical e a evitar deslocamentos bruscos, em casos de acidentes. Certifique-se, ainda, de que a distância entre o volante e os pedais está adequada para o seu tamanho.
Mãos no volante
Utilizar o celular enquanto dirige é uma infração gravíssima, que gera multa e até 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e, mesmo assim, o uso combinado de celular e direção é recorrente. Além de diminuir a atenção do condutor, essa prática prejudica a ergonomia, implicando em possíveis lesões e dores nos punhos, braços e ombros. O indicado é manter as duas mãos no volante, na posição similar a dos ponteiros do relógio quando são 10h10. Essa é a postura correta e que oferece segurança durante o percurso.
Ajuda profissional
Nos casos em que os vícios na direção se mantenham resistentes às tentativas de adequação da postura, vale a pena procurar ajuda especializada com profissionais que frequentaram a faculdade de fisioterapia. A partir de sessões individualizadas, pode-se trabalhar o problema de maneira mais assertiva e evitar o agravamento de perturbações na musculatura e na articulação. O resultado desse investimento aparece na diminuição de dores e na promoção da saúde.