Até agosto do ano passado, o jovem Helenês Marques de Morais, de 23 anos, era enfermeiro em São Paulo. Quando retornou à cidade de Pontalina, no Sul de Goiás, onde seus pais moram, nem imaginava seguir outra vocação, bastante popular no município: fabricar moda íntima.
Helenês Marques viu oportunidades em um mercado promissor. O polo confeccionista local possui 100 indústrias, que produzem dois milhões de lingeries por mês, movimentando R$ 30 milhões em negócios por ano. Ele financiou R$ 100 mil para montar a Ibiza Moda Íntima, fábrica e loja, instaladas na região central da cidade. A empresa produz 4,5 mil peças por mês. “Estamos nos preparando para crescer”, avalia o empreendedor, que buscou ajuda do Sebrae em Goiás.
Atendido pelo Projeto Indústria Sul, do escritório do Sebrae na Regional Sul, Helenês recebeu consultoria que beneficiou a precificação de produtos. “Perdia negócios por não adequar custos”, explica. Com isso, a Ibiza garantiu competitividade. “Agora, vamos investir mais na gestão empresarial, com apoio das soluções do Sebrae”.
“As portas estão abertas”, lembra Giovana Lopes, gestora do projeto. Segundo ela, as ações tem o objetivo de desenvolver o potencial competitivo do polo de lingerie do município. “O Arranjo Produtivo Local (APL) já recebeu cursos, missão empresarial (Salão de Moda Brasil) e consultorias do programa Sebraetec, que leva inovação e tecnologia às empresas”, observa.
Outro exemplo é o da marca Duda Fernandes, pioneira em Goiás na fabricação de lingerie para o público infantil. A empreendedora Mayara Fernandes Dornelas, de 24 anos, iniciou produção em dezembro de 2012, especialmente para crianças de 2 a 14 anos. “Esse mercado possui um diferencial que tem tudo para conquistar a família”.
Atualmente, a empresa produz 750 conjuntos infantis por dia, vendidos por R$ 14,90, em média. “Usamos materiais que não irritam a pele, em tecido ecologicamente correto (modal), feito a partir da fibra de bambu”, lembra Mayara que, dentro de três anos, projeta a marca entre as líderes do segmento infantil no país. “Vamos aproveitar todas as ferramentas do Sebrae para isso”, completa.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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