As expectativas para os próximos anos são de haver uma oferta de madeira superior à demanda na Rússia, assim como em todo o Leste Europeu. Nos EUA – maiores produtores e consumidores mundiais de madeira, também se espera, no curto prazo, uma oferta de matéria-prima ligeiramente superior à demanda. Nos mercados canadense, escandinavo e da Europa Ocidental, a previsão é de que a oferta não será capaz de atender à demanda, podendo levar a importações de madeira bruta ou à redução dos volumes processados. A produção mundial, em 2003, de madeira bruta destinada a todos os usos foi de 3,34 bilhões de m3, 1,2% a mais que em 2002. Os EUA, a Índia, a China e o Brasil são os maiores produtores mundiais, respondem por quase 40% da produção total. Menos da metade da produção se destina à transformação industrial. A maior parte ainda é consumida sob a forma de lenha, em geral para uso doméstico nos países menos desenvolvidos. O carvão vegetal tem importância bem menor do que a lenha como fonte energética. O Brasil é, destacadamente, o maior produtor e consumidor mundial de carvão, respondendo por quase 30% da produção mundial, que é de cerca de 42 milhões de toneladas. No País, é bastante usado na produção de ferro-gusa. Em 2004, entre madeira e derivados, papel, celulose e móveis, o setor exportou 6,7 bilhões de dólares, contribuindo com 7,0% do total das exportações brasileiras. Estudo conduzido recentemente pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para orientar investimentos e negócios na área florestal apontou o Brasil como o país da América Latina com maior capacidade de atração de investimentos industriais no setor. No Brasil, prevêem-se nos próximos anos déficits localizados de matéria-prima florestal, notadamente de madeira grossa de pinus no Sul, com possível redução do ritmo de crescimento das exportações dos produtos dependentes deste tipo de madeira. A forte elevação dos preços das toras, verificada nos últimos anos, está a indicar o início deste período de escassez de matéria-prima florestal. As estimativas do Programa Nacional de Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, são de que em 2004 os plantios tenham alcançado 475 mil hectares e de que em 2005 se tenha atingido a marca de 550 mil ha plantados. As projeções atuais das necessidades futuras de matéria-prima para sustentar as perspectivas de expansão do setor indicam que será necessário, nos próximos anos, implantar 600 mil hectares por ano, o que evidencia que no Brasil ainda não foi alcançada a intensidade de novos plantios florestais capaz de assegurar o equilíbrio entre a oferta e a demanda. A silvicultura, ou seja, o plantio de florestas, fornece toda madeira transformada em celulose, papel e painéis reconstituídos no Brasil e a maior parte da matéria-prima para a indústria de compensados, portas, molduras e outros produtos de maior valor agregado. Estudos prevêem um desequilíbrio, a partir de meados desta década, entre a oferta e a demanda de madeira para atender às projeções de crescimento de alguns segmentos da indústria de base florestal. Com relação aos fornecedores, os insumos são facilmente encontrados em lojas agropecuárias. As mudas devem ser adquiridas de viveiristas idôneos.
Informações sobre os aspectos legais – O produtor não precisa abrir uma empresa para cultivar e comercializar esta planta. Porém, é importante que o produtor que está iniciando faça o seu registro de produtor rural, para tanto deve se dirigir à prefeitura municipal, munido de seus documentos pessoais (identidade e CPF) bem como do registro no INCRA do terreno e contrato de arrendamento ou comodato se for o caso. Por tratar-se de plantio comercial de espécie exótica, não há nenhuma restrição ao plantio e posterior corte das árvores. Se a área de plantio for superior a 100 ha, há a necessidade de projeto e avaliação ambiental
Dicas relativas ao negócio – O Eucalipto pode ser plantado em praticamente todos os solos e climas do país, devendo ser observadas as características das diferentes espécies disponíveis para se fazer a opção por uma. – A realização de desbastes periódicos das plantas menores permite um desenvolvimento mais uniforme das plantas remanescentes, aumentando tanto a produtividade (m³ de madeira/ha), quanto o aproveitamento para serrarias (que tem maior valor agregado), proporcionando mais lucro. O primeiro desbaste será feito por volta do quinto ano e o corte final no décimo quinto ano, encerrando-se assim o ciclo de cultivo. – A avaliação da possibilidade de o projeto de reflorestamento ser incentivado por linhas do Protocolo de Quioto pode trazer bons ganhos. O Protocolo de Quioto, assinado em 1997, criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite entre outros, que países em desenvolvimento se beneficiem do sequestro de gases de efeito estufa por meio de projetos de reflorestamento. Talvez projetos de áreas degradadas e/ou com apelo social possam se beneficiar. – Com relação a financiamentos, o governo federal criou duas linhas específicas para projetos florestais, que juntas já viabilizaram a implantação de mais de 60.000 ha de florestas. Uma é o PROPFLORA com recursos do BNDES e a outra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, é o Pronaf Florestal, voltado ao pequeno produtor e familiar. – As grandes empresas do setor estão operacionalizando os recursos do governo federal, facilitando o acesso aos pequenos produtores, e com isso terceirizando parte da produção de matéria-prima. Essa desverticalização parcial da cadeia produtiva pode ser uma boa oportunidade de negócio.
Investimento Inicial: Conforme a estrutura do empreendimento, o valor estimado, para o empreendedor iniciar esse tipo de negócio, pode ficar em torno de: R$ 19.000,00
- Capital de Giro: R$ 9.000,00
- Investimento em equipamentos e instalações: R$ 10.000,00
- Faturamento bruto mensal previsto: R$ 35.000,00
Importante: Os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir se vale a pena ou não aprofundar a análise do investimento.
Área física necessária: 10000 m²
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Fonte: Sebrae-SC