Este ano o Brasil rompeu, em pleno carnaval, a barreira dos dois milhões de empreendedores individuais (EI) formalizados. Por mês, cerca de cem mil novos empresários tem adquirido seu CNPJ nesta modalidade.
Enquadrados juridicamente como Microempresa, o EI tem suscitado desafios aos fomentadores de pequenos negócios, como o devido tratamento de Marketing que o EI deve dar ao seu negócio. Isso porque as clássicas estratégias de marketing não agregam a característica marcante desses empresários, que é a força de trabalho.
A maior parte dos EIs tem como seu principal insumo a própria mão-de-obra. Daí a necessidade de se estudar o Mercado de Trabalho da atualidade:
– Quais são as tendências?
– Quais são as demandas e quem são os seus “consumidores”?
– Como calcular o preço desta mão-de-obra?
– Como encontrar os contratantes? Como fidelizá-los?
– Como fazer a publicidade?
– Quem são os concorrentes?
A tarefa não é fácil dada a complexidade de atuação desses trabalhadores, que atuam desde o serviços domésticos e artes ao desenvolvimento e comercialização de novos produtos e softwares.
Estudiosos apontam que além dos benefícios fiscais e previdenciários que o EI aporta, fatores como desemprego e rigidez da legislação trabalhista tendem a acelerar o crescimento desse tipo de trabalho nos próximos anos, ou seja, ter o próprio negócio é apontado como a forma de trabalho do futuro.
Mercado até 2020
Por falar em futuro, neste mês de março foi divulgada a pesquisa Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira – 2020, da FIRJAN. O estudo indica as profissões do futuro a partir de demandas da Indústria e da Construção Civil. Embora tenha destacado nos resultados profissões de formação acadêmica, a metodologia utilizada indica que um em cada quatro Eis formalizados se enquadra dentro de um perfil de vantagens competitivas até 2020.
A pesquisa investigou atividades de gestão e produção, além de diagnosticar tendências de terceirização, o que podem atingir em cheio as ofertas dos Eis. As atividades que obtiveram maiores índices de perspectivas de aumento de contratação e/ou de terceirização, segunda a pesquisa FIRJAN, são as seguintes:
Oportunidades de mercados futuras
A partir deste diagnóstico e vislumbrando as atividades desenvolvidas até o momento por Eis, somada ainda a outra pesquisa de tendência de terceirização em logística, pode-se indicar que as seguintes atividades – que já representam cerca de meio milhão de Eis – possuem perspectivas de aumento de demanda até 2020, ou seja, constituirá oportunidades de mercado:
Aproveitando as oportunidades
É claro que as oportunidades de mercado destes EIs não se restringem à cadeia da indústria e construção civil e não se limita também a diagnósticos por demandas por mão-de-obra, mas é um dos caminhos. Para saber como o Sebrae pode te ajudar no aproveitamento de novas oportunidades para adequar o seu composto de marketing (produto, preço, promoção e ponto de venda) ao mercado acesse o menu Soluções para o Empreendedor Individual, de site específico sobre EIs no Portal Sebrae.
Para quem quer abrir um negócio é importante se atentar para as atividades mais promissoras. No levantamento feito pela FIRJAN ainda é possível extrair indicativos de oportunidades de mercado para MPE nas quais Eis não aproveitem diretamente, como: os serviços de recursos humanos, telemarketing e ouvidoria.
Para cada atividade há um universo de mercado próprio a se pesquisar. Com isso, os desafios de estudar competitividades continuam e crescem cada vez mais.
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Edição: Fernanda Peregrino, da F&C Consultoria.