Em meio ao cenário positivo de crescimento do setor de construção civil em nosso país, encontramos nos sistemas construtivos métodos tradicionais que apresentam muitas falhas, encarecem o projeto e tornam o processo lento. Nesse contexto, o Boletim de Tendência de novembro apresenta a cortiça como material inovador para sistemas construtivos. Ao ser aplicado em edificações, esse insumo garante eficiência térmica e acústica ao ambiente e, ainda, confere caráter sustentável ao negócio, o que pode gerar às MPE grande diferencial competitivo.
Características da Cortiça:
- 100% sustentável, por ser matéria-prima extraída da casca do tronco do sobreiro (um dos gêneros de árvore mais comuns em Portugal, e tem um incrível potencial em nível ambiental), além de ser um recurso renovável;
- Não é toxica;
- Produção de baixo consumo energético;
- Leve e elástica;
- Resistente ao atrito;
- Isolante térmico e acústico;
- Estável à compressão;
- Grande longevidade;
- Impermeabilidade a líquidos e a gases
Aplicações na Construção civil:
O aglomerado de cortiça pode ser aplicado em paredes interiores e exteriores, paredes duplas interiores, tetos, lajes, muros, rodapés, juntas, açoteias e terraços, coberturas planas e inclinadas, piso radiante e solução de enchimento em betonilhas.
Exemplo de sucesso:
O arquiteto Pedro Joel Costa* é o idealizador do projeto CORKitALL®, um sistema de construção modular produzido a partir da cortiça. Em entrevista ao Sebrae Inteligência Setorial, Costa afirma que as características climáticas do Brasil, apesar de diversas, adequam-se bem à cortiça.
No Estado do Rio de Janeiro, onde predomina o clima quente e úmido, além de atuar contra as amplitudes térmicas, a cortiça contribui também para a redução de perdas de energia, reduzindo ainda a condensação superficial da umidade nas paredes e tetos. A ventilação natural dos edifícios é extremamente importante para o conforto espacial, e fundamental para uma boa salubridade e longevidade construtiva.
Costa afirma que entre as condições para que o projeto seja praticável no Brasil destacam-se: a atenção aos princípios internacionais que primam pela eficiência, redução de desperdício material e a utilização de processos responsáveis para montagem e desmontagem de componentes. Atualmente, há esforços no sentido de conferir maior densidade aos aglomerados de modo a potencializar as suas características mecânicas. Portanto, universidades e institutos de pesquisa brasileiros têm papel crucial na viabilização desse insumo na construção civil, especialmente no que se refere às suas características estéticas e tecnológicas enquanto elemento de revestimento exterior.
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