A cada ano, milhares de dentistas se formam. Nosso país é uma das referências mundiais quando o assunto é odontologia. A quantidade de profissionais é um belo indicativo disso. De acordo com o CFO (Conselho Federal de Odontologia), cerca de 20% dos especialistas em saúde bucal estão aqui, em território brasileiro. Ainda segundo o conselho, em 2021, foi divulgado que, ao todo, são mais de 330 mil dentistas formados no Brasil, além de quase 210 mil auxiliares técnicos de prótese dentária.
Com um ensino de qualidade e um número expressivo de alunos formados nesta área, a indústria brasileira atua para produzir todos os tipos de materiais que sejam suficientes para atender a população e também o grande fluxo de trabalho. O resultado disso é uma base sólida para o sucesso da odontologia brasileira.
Mas, nessa fase de recém-formados, muitos podem se perguntar: é melhor investir em ter o meu consultório ou buscar um emprego na área? E por mais que pareça, não há uma resposta objetiva e simples para esse questionamento. Apenas são desafios diferentes que irão ser enfrentados no começo da carreira. Isso porque, se a escolha for a primeira opção, você será seu próprio chefe, com horários e dias definidos de trabalho. Também é possível ter um retorno financeiro maior em longo prazo. Caso a decisão seja trabalhar em um emprego fixo, existe a possibilidade de ter lucros em curto prazo e adquirir experiências com dentistas que estão no mercado há muitos anos.
Trabalhar para uma clínica
Por falta de recursos para investir em um próprio consultório ou até mesmo se sentir um pouco inseguro sobre isso, dentistas recém-formados procuram um emprego em uma clínica odontológica. Essa pode ser uma boa decisão, já que o profissional terá carteira assinada e vai recuperar parte do que foi investido no curso. Além disso, será possível observar os cuidados necessários caso pense em ter o seu próprio negócio lá na frente.
Montar um consultório
Na outra opção, é possível ter o próprio consultório para atender as pessoas. Essa também é uma boa opção, mas é importante destacar que é necessário realizar um investimento relativamente alto e tomar cuidados que são fundamentais. Para se legalizar como dentista autônomo, você precisa ter um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo. Assim, você irá conseguir solicitar crédito no mercado, contratar funcionários e buscar fornecedores. Além disso, o espaço que será utilizado como consultório deve ser legalizado e precisa ter dois alvarás para o funcionamento. Um é emitido pela Vigilância Sanitária e o outro, pelo Corpo de Bombeiros.
Ainda é necessário ter uma inscrição específica em uma empresa que coleta resíduos para o descarte correto dos materiais odontológicos. E se o seu empreendimento tiver aparelhos de raio-x, um laudo radiométrico deverá ser emitido para constatar que todos os equipamentos podem ser utilizados da maneira mais segura possível.
Gerenciamento
Com toda a documentação em ordem, vem a parte de gerenciar o seu negócio. Calcule os custos fixos que não dependem do número de consultas no geral, como aluguel, funcionários, água e luz. A partir daí, você também vai colocar na ponta da caneta as despesas variáveis, como, por exemplo, luvas, máscaras e outros materiais descartáveis.
Uma boa dica é montar uma sociedade com algum colega que se formou na faculdade de odontologia. E não se esqueça de definir um público-alvo. Esse passo é fundamental para definir a localidade ideal para o consultório, além de trabalhar em uma comunicação específica interna e externa.