O Crowdfunding é um novo caminho de formação de capital que surgiu em meio à crise financeira de 2008. Em poucos anos ganhou força em países como Austrália, Reino Unido, Itália, Holanda e Estados Unidos.
Esse modelo de financiamento colaborativo emergiu organizado, permitindo que empresas possam arrecadar dinheiro na forma de doação ou investimento, no estágio inicial do negócio ou dos produtos.
A publicação Crowdfunding’s Potential for the Developing World (Potencial do Crowdfunding para o Mundo em Desenvolvimento), do Banco Mundial publicado em 2013, relata que o Kicktaster, líder de mercado no segmento, arrecadou mais de 815 milhões de dólares por parte de 4,9 milhões de apoiadores espalhados em todo o mundo, desde 2009 – sendo que 29% investiram em mais de um projeto para cerca de 50.000 projetos.
De acordo com o documento do Banco Mundial, a estimativa é de que existam 17 websites de crowdfunding no Brasil, 53 na França, 87 no Reino Unido e 344 nos Estados Unidos, entre outros países e que existem até 344 milhões famílias nos países em desenvolvimento capazes de fazer pequenos investimentos crowdfund em empresas da comunidade.
Criatividade e colaboração para atrair o consumidor
Uma grande empresa, usando a colaboração no campo das ideias para se aproximar de seus clientes, é a Fiat que, em 2010, lançou um projeto convidando consumidores a colaborarem com a criação de um modelo de carro conceito para comercialização futura. Hoje, o Fiat Mio é o primeiro e único carro colaborativo do Brasil, cuja campanha, que sem cunho de financiamento colaborativo, foi um sucesso e revelou os seguintes números:
Mas universo colaborativo evoluiu para financiamento e fomento de pequenos negócios, chegando às iniciativas de produtos brasileiros como impressora 3D Matemáquina – uma das pioneiras no recebimento de dinheiro de financiamento coletivo.
O Link, blog do Estadão.com.br revela que em 2012, plataformas de crowdfunding cresceram 85% e arrecadaram US$ 1,4 bilhão no mundo, com boa parte desse bolo composta pelo pretail (modelos de portais que também comercializam produtos oriundos de colaboração). Na Europa e nos Estados Unidos diversos projetos de hardware foram bem-sucedidos, como o relógio inteligente Pebble, que arrecadou US$ 10 milhões, seguido do console Ouya, com mais de US$ 8 milhões.
No Brasil, no entanto, ainda são poucos os produtos financiados. Por aqui, o crowdfunding se consolidou principalmente como um modelo de apoio a projetos culturais.
No Catarse, maior site nacional do ramo, a maioria dos projetos recebidos é de música e cinema. Até hoje, o site financiou 520 projetos, levantando R$ 7,3 milhões.
Mas existem plataformas na internet que realizam crowdfunding e as que, além do financiamento coletivo, comercializam produtos antes de sua fase de lançamento no mercado – este modelo é chamado de pretail. Nesse sentido, vale a pena conhecer o Trend Briefing sobre presumers (pré-consumidores).
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