Paulo Alvim*
No fim do ano fomos bombardeados por uma notícia ruim: o Brasil perdeu o título de sexta economia para o Reino Unido. O pior é que o Reino Unido não fez nada para conquistar essa colocação, pois sua economia está estagnada.
O Brasil, por questões de variação cambial e baixo crescimento econômico em 2012, assistiu à redução do valor de seu PIB. Temos um conjunto de pontos fortes e uma onda favorável ao nosso país. Os estrangeiros veem o Brasil sob uma perspectiva que nós não conseguimos enxergar. Deixamos sempre para os outros – no caso, nossos políticos e dirigentes – a condução da locomotiva.
Não estaria na hora de nós mesmos brigarmos por dias melhores para a população como um todo?
O ano de 2013 começa com novos dirigentes em todos os municípios brasileiros. É hora de exigir políticas e ações concretas de desenvolvimento, que atrelem investimentos produtivos e em infraestrutura econômica e social. As prefeituras precisam se transformar em dinamizadoras de desenvolvimento local. As de menor porte precisam se juntar e praticar o associativismo comprometido com o bem-estar de suas comunidades.
Consórcios de saúde, educação, resíduos, entre outros, precisam ser praticados. É preciso estimular o empreendedorismo, ter compromisso com a geração de postos de trabalho e renda. Além disso, é necessário praticar o poder de compra, estimulando a agricultura familiar, o comércio e a produção locais, fazendo cumprir a lei da merenda escolar.
O compromisso com o desenvolvimento vai ativar o ciclo virtuoso da geração de postos de trabalho e renda. Assim, exemplos de crescimento competitivo e sustentável vão surgir e se multiplicar. Precisamos exigir e dar visibilidade às boas praticas de gestão.
O ano de 2013 se aproxima, e é necessário que se construa uma agenda positiva comprometida com o desenvolvimento inclusivo. Desta forma, a economia crescerá alinhada com os ideais de desenvolvimento competitivo e sustentável, garantindo melhor qualidade de vida para nossa população.
*Engenheiro, professor universitário com mestrado em Ciência da Informação e gerente da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional