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Design no varejo da moda – organizando o estoque

Design no varejo da moda – organizando o estoque
Confira dicas para gerir o seu estoque

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O varejo de moda é formado por uma cadeia extensa. O empreendedor investe consideravelmente em compra de mercadorias ao abrir seu negócio. Após vendê-las, o que pode demorar vários meses, ele quita seus débitos, calcula seu faturamento e, por fim, identifica seu lucro (ou prejuízo). Por esse motivo, o gerenciamento e a manutenção do estoque é de vital importância.

Saiba como o design pode ajudar o seu negócio a gerenciar o estoque:

Espaço físico
A compra planejada de uma coleção e a devida organização do estoque é o ponto de partida para uma estação rentável de uma empresa de varejo de moda. O volume do estoque varia conforme o perfil da empresa e é definido de acordo com o volume do investimento inicial do negócio. Tomemos como exemplo uma loja de calçados. Nesse caso, o estoque precisa prever uma grade de modelos por cores e numerações (normalmente do 35 ao 39). Cada um dos modelos terá, no mínimo, quatro numerações, o que aumenta consideravelmente a quantidade de peças a ser comprada. Além do investimento multiplicado pelo número de peças, o espaço físico do estoque precisa estar de acordo com a quantidade de peças adquiridas e suas respectivas embalagens. Por outro lado, uma loja de camisetas terá, normalmente, um estoque de peças divididas em cores e tamanhos (P, M ou G). Nesse caso, o investimento será teoricamente menor e o espaço do estoque também, uma vez que as peças são armazenadas de forma mais compacta.

Online x físico
Existe uma diferença considerável na organização e na manutenção do estoque entre uma loja física e uma loja on-line. Na loja física, o estoque precisa estar no local e à disposição do cliente, caso contrário a venda não acontecerá. Já as lojas on-line podem escolher um modelo de estoque alternativo e vender as peças sob encomenda. Essa prática é muito aplicada em lojas tipo marketplace, plataformas on-line que abrigam diferentes tipos de comércio. São atualmente chamados de e-marketplace. Outro tipo de organização do estoque se dá sob a forma de consignação. Nesse caso, o comerciante emite uma nota fiscal diferenciada e efetua o pagamento apenas se a peça for de fato vendida. Essa forma favorece os comerciantes, pois não existe investimento prévio e o risco diminui em caso de possíveis encalhes.

Voltando às diferenças que existem entre o gerenciamento do estoque de uma loja física e de uma loja on-line, percebe-se que os e-commerces possuem a vantagem de gerenciar seus estoques de forma alternativa. O drop-shipping – também chamado de depósito vazio – consiste na venda de produtos conforme suas demandas, ou seja, não existe estoque físico e sim virtual. Essa prática pode ser uma boa saída para empreendedores com baixo capital inicial e é uma vantagem que pode contar bastante na hora de decidir entre ter, ou não, uma loja física. Para as lojas físicas que decidirem ampliar seus negócios por meio da plataforma de e-commerce, é fundamental incluir essa nova previsão de vendas on-line na planilha. É importante também redobrar a atenção na quantidade das peças vendidas, dando baixa no estoque tanto das vendas físicas quanto das vendas on-line.

Procedência
Atenção à procedência das mercadorias do estoque! Todas elas necessitam de notas fiscais comprovando suas origens e valores. Esses documentos fiscais protegem o empresário, que pode comprovar a compra inicial das peças, como também facilitarão o controle de entrada e saída do estoque.

Softwares de gestão
Um dos maiores desafios para o varejo de moda é controlar e manter o estoque em dia nos pontos de venda (PDVs). Para ajudar o empresário, existem alguns softwares de gestão de estoque que facilitam essa tarefa. Com a ajuda de códigos de barras, esses programas cadastram os produtos e controlam as vendas diariamente. Além disso, identificam os produtos mais vendidos e lucrativos e auxiliam, inclusive, a precificar a partir do markup – preço que o produto recebe no ponto de venda, tendo como base o valor de compra e a porcentagem de lucro.

Os programas de gestão são úteis, pois integram os dois estoques automaticamente, evitando problemas de entrega. Além dessa atenção com a quantidade das peças vendidas, torna-se necessário também uma previsão de embalagens diferenciadas na questão das vendas on-line, uma vez que são embalagens diferentes das vendas em PDVs físicos e precisam ser adequadas para o envio pelo correio. Um cliente que compra em uma loja com endereço físico pode optar por não levar sacola ou, por outro lado, escolher uma embalagem para presente. Já nas vendas on-line, o empresário precisa ter várias opções de embalagens igualmente estocadas. Uma camiseta não cabe em uma embalagem de pulseira, assim como um par de brincos não pode chegar ao seu destino final em uma caixa de vestidos.

Organização do estoque
Abaixo, estão relacionadas algumas dicas para organizar de forma produtiva o estoque de um e-commerce e de uma loja física, de forma a não cometer descuidos que possam trair a confiança dos clientes:

Atenção ao anunciar peças na internet com grade reduzida, ou seja, poucas peças do mesmo modelo. Muitas vezes pode acontecer de um cliente on-line comprar uma bolsa ao mesmo tempo em que seu vendedor está mostrando a mesma peça para um consumidor em sua loja física.

Caso seu estoque esteja no final da coleção e existam produtos esgotados, não divulgue essa ausência de produtos e providencie um novo recebimento.

Um cliente que visualiza um produto esgotado em sua loja on-line pode procurar o mesmo produto na concorrência.

Procure deixar uma comunicação aberta com seus clientes, oferecer outros produtos e certificá-los de novas chegadas. Dessa forma seu cliente on-line saberá que pode voltar na data estimada e efetuar a compra.

Volume de produtos
A identificação do estoque mínimo e estoque máximo de cada negócio são fundamentais para um bom desempenho financeiro do empreendimento. O estoque de um negócio significa um ativo, pois contempla mercadorias que, ao serem vendidas, resultarão em lucro. Exatamente por esse motivo, o tamanho do estoque não pode ser menor do que as necessidades de giro de capital do empreendimento, nem tampouco maior do que a capacidade de venda daquela coleção, ou período de tempo. Além disso, para que as mercadorias estocadas alcancem bons resultados, é fundamental que haja uma estratégia que inclua o payback, ou seja, o tempo estimado para que o valor do investimento inicial da compra das mercadorias retorne para o negócio. Por exemplo, se você investiu R$ 10.000,00 em seu estoque de 500 peças a R$ 20,00 cada, com margem de lucro calculada em 50%, totalizando R$ 30,00 no valor final para o consumidor; vai precisar vender 33 peças para que os dez mil reais retornem.

Ticket médio
O ticket médio, ou seja, o valor médio que cada cliente gasta em sua loja, também precisa entrar na equação para a organização de seu estoque. A organização e o acompanhamento da mercadoria são fundamentais. O profissional responsável por essa área precisa controlar a entrada e a saída de mercadorias com segurança e precisão. Uma loja que conhece seus clientes e as suas preferências corre menor risco de falta ou encalhe de peças, erros que podem causar prejuízo.

Baixa
Depois de realizada a compra inicial e afinada a planilha de estoque é a vez de fazer rodar a mercadoria sempre com atenção ao estoque. Essa etapa refere-se ao trabalho casado entre estoque e vendas e deve continuar ao longo de toda a duração da coleção na loja. A cada venda é dada a baixa no estoque, o que permite ter noção exata das peças mais vendidas e de furos na grade, tanto de tamanhos como de cores e estampas. Um estoque bem mantido ajuda o empresário a organizar futuras compras. Organização ajuda o empresário a negociar melhor as suas compras e a obter descontos de seus fornecedores.

Fonte: Design no varejo da moda 
Edição: Fernanda Peregrino, da FC Comunicação

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