Como nos demais segmentos produtivos, a produção de derivados de cana-de-açúcar se vale de uma rede de fornecedores de produtos, insumos e serviços, que proporciona os elementos exigidos ao bom desenvolvimento da atividade. Enquadram-se nessa categoria, os produtores de cana, os fornecedores de embalagens, a indústria de máquinas, implementos e instrumentos de emprego no segmento, as instituições de pesquisa e assistência técnica, entre outros que fazem parte da cadeia produtiva.
Diante de todos eles, como é possível aprimorar o negócio? Com os produtores rurais, por exemplo, o empreendedor pode prever políticas de preços diferenciados conforme a qualidade do produto, e outros mecanismos de atração, para possibilitar a fidelização do fornecedor e garantir um fluxo mais estável de matéria-prima para a unidade produtiva. Além disso, a estratégia de estimular a organização dos produtores rurais em cooperativas de fornecedores minimiza as flutuações na quantidade e na qualidade da matéria-prima e proporciona maior profissionalização no seu fornecimento.
Cooperativismo é uma alternativa para pequenos produtores comercializar melhor os produtos que, agrupados, podem conseguir preços mais justos e melhor prazo de entrega. Para os alambiqueiros de determinadas regiões, essa é prática utilizada para gerar retorno financeiro.
Exemplo
A Bahia, segundo maior produtor de cachaça no Brasil, com 60 milhões de litros anuais, é um exemplo. Lá, há facilidades na obtenção da matéria-prima, já que pelo menos 120 municípios baianos cultivam a cana-de-açúcar. Segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado da Bahia (SECTI), há mais de sete mil estabelecimentos espalhados em 13 polos produtivos.
Porém, existe enorme dispersão de produtores, em função da grande extensão do território baiano, que supera os 567 mil quilômetros quadrados. Sem a cooperativa, a cachaça é vendida geralmente em feiras, com preços baixos.
Dicas
Programas de qualificação de fornecedores também devem ser estimulados, de modo a proporcionar a obtenção de matéria-prima da melhor qualidade, sem perdas decorrentes de manejo inadequado antes de sua chegada à unidade produtiva. Especialmente, evitando-se a queima do canavial e adotando-se os cuidados necessários ao seu transporte até a indústria, de maneira a evitar contaminações.
A assistência técnica especializada é fundamental para a manutenção da atualidade tecnológica do empreendimento e para o seu emprego de maneira mais adequada à unidade de produção. Além da constante atualização tecnológica dos meios de produção, é importante, também, a manutenção da modernidade gerencial e administrativa do empreendimento, adotando-se os procedimentos mais efetivos e eficientes que o mercado possa oferecer.
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