O Brasil é o principal mercado na América Latina da Shein, gigante varejista chinesa, que abriu uma loja pop-up no Rio de Janeiro. O modelo fast fashion consegue colocar rapidamente as tendências mais quentes das passarelas e das ruas nas araras para atender um consumidor que quer estar sempre na moda a preços acessíveis.
A Shein, especificamente, passou a trabalhar em um modelo chamado de ultra fast fashion, atualizando seu site todos os dias com mais de mil novos modelos. Todos esses produtos atendem à uma demanda de 250 países para onde a marca exporta atualmente, incluindo o Brasil. Diante desses números exorbitantes, precisamos nos perguntar para onde vão parar tantas peças.
E quem paga o custo dos valores baixíssimos dessa produção ultra-rápida?
Na última década, vimos aflorar discussões sobre os problemas deste modelo de negócios em decorrência dos impactos ambientais causados pela superprodução, hiperconsumo e descarte. Além do envolvimento dos principais atores desse mercado em polêmicas de trabalho análogo ao escravo.
É impossível não considerar os problemas ambientas e sociais causados pelo modelo de moda rápida que oferece produtos de baixa qualidade que serão rapidamente descartados. Desde a extração das matérias-primas, passando por processos de produção poluentes, condições precárias de trabalho, até o descarte excessivo e irregular, precisamos pensar nas terríveis consequências desse modelo de negócios. Alguém, em algum lugar está pagando por isso.
Fonte: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/por-que-o-crescimento-vertiginoso-da-shein-nao-e-uma-boa-noticia/
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