Em meio a crise econômica e alta no desemprego, a procura por oportunidades leva muitos brasileiros a fazer trabalhos informais para ter alguma fonte de renda e, pelo menos, pagar as contas básicas. A dificuldade é grande, mas, com o crescimento exponencial da tecnologia, surgem alternativas para ganhar dinheiro nas plataformas digitais e em outros ambientes, inclusive com comprovação de renda.
Ainda que não tenham registro em carteira, previdência, seguro-desemprego, estabilidade e outros benefícios, os trabalhos informais, em geral, oferecem algumas vantagens importantes, como maior autonomia, flexibilidade de horários, conciliação de atividades, mais liberdade para produzir e menor burocracia.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 39 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no Brasil. O índice representa quase 40% do mercado de trabalho.
Uma das preocupações mais frequentes dos informais, entre eles autônomos e freelancers, é a comprovação de renda. Como trabalhar de Uber, por exemplo, até ambulantes, entregadores de aplicativos, feirantes e catadores recicláveis, há diversos motivos para fazer o procedimento, seja o financiamento de um imóvel ou carro, empréstimo bancário ou aluguel de imóveis.
Portanto, saber como declarar renda nestes casos é bastante importante, mesmo sem ganhos fixos e com variações, de acordo com a Remessa Online, empresa de transferências internacionais.
Extrato bancário
As movimentações dos últimos meses na conta bancária podem ser usadas como uma forma simples de comprovação de renda, principalmente para freelancers, e geralmente são aceitas pelas empresas contratantes, que costumam pedir períodos específicos. Para facilitar, é melhor que o trabalhador centralize os ganhos em uma única conta.
Outra dica importante é evitar usar o extrato impresso do caixa eletrônico, já que este documento pode não ser aceito, dando prioridade para a versão do site do banco ou a emitida pelo gerente. Na maioria das vezes, os bancos digitais também são válidos, mas é importante confirmar com a empresa.
Declaração de Imposto de Renda
Amplamente aceita pelos empregadores desta categoria, a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) serve como um comprovante da situação dos trabalhadores no ano anterior e deve ser feita no início do ano para valer. Mesmo para pessoas que não são obrigadas a declarar, estar em dia com a Receita Federal pode ser interessante para ter a renda comprovada.
Contudo, este documento é referente ao ano anterior, e, dependendo do caso e do mês vigente, talvez esteja desatualizado. Assim, a melhor alternativa deve ser apresentar algum outro comprovante mais recente.
Recibos
Emitir recibos é uma alternativa válida, apesar de não serem comprovantes legais. Já aceitos em muitas empresas brasileiras, esses documentos devem ser guardados após as prestações de serviços, além de serem assinados pelas duas partes envolvidas.
O recibo de pagamento de autônomo (RPA), documento que as empresas emitem na contratação de prestadores não formalizados e sem vínculo empregatício, é uma opção a ser considerada também, uma vez que comprova o tipo do serviço e o valor do pagamento, além de dados pessoais detalhados do colaborador.
Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore)
Providenciar o Decore também pode ser útil, apesar de ser mais complicado. Este documento serve como comprovante de renda de pessoa física em períodos determinados. Entretanto, é um serviço pago que só pode ser emitido eletronicamente por contadores e técnicos em contabilidade registrados.
Ainda, o comprovante só será válido se tiver o selo da Declaração de Habilitação Profissional (DHP), além de diversos documentos, inclusive os recibos de pagamento autônomo (RPA), que devem ser entregues ao contador responsável.