Segundo o doutor em psicologia e professor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, Cláudio Paixão Anastácio de Paula, em entrevista ao jornal O Tempo, os sonhos não podem ser encarados como uma situação isolada na vida das pessoas.
“Desde 1975 existem estudos que relacionam a quantidade de sonhos com a depressão, sendo a falta de sonhos ou a diminuição, para alguns pesquisadores, um possível indicador para o quadro. Outras pesquisas mostram também que o sonho agitado, aqueles que a pessoa até fala, briga, e que acontecem com certa frequência, pode indicar quadros de demência. Temos esses estudos, mas, para a ciência, é necessário que se tenha uma grande base de pesquisas e em vários lugares do mundo para que se comprovar que algo é verdade. Essas pesquisas são apenas indicativos. O que sabemos é que sonhos repetitivos também estão ligados a experiências traumáticas, como estupros”, explica.
A mestre em psicologia e especialista em psicanálise, Camila Fardin Grasseli, completa ainda com outras explicações sobre o sonho.
“Existem diferentes maneiras de se traduzir os sonhos. No campo da Psicanálise, por exemplo, Freud entende os sonhos sendo como uma mensagem de desejos ou pensamentos em sua maioria desconhecidos pela própria pessoa. O sonho nada mais é do que a pessoa ter acesso a alguma coisa que está a incomodando e que nem ela mesmo havia percebido esse incômodo mais profundo. Os sonhos, às vezes, revelam preocupações e medos íntimos”, explica.
Por isso, é fundamental conhecer o significado dos sonhos.
Mas, como dormir e sonhar bem? Veja algumas orientações no tópico a seguir.
Como dormir e sonhar bem?
Para as pessoas que desejam lembrar dos sonhos ao acordar, recomenda-se comer alimentos ricos em vitamina B6 e comer um pedaço de chocolate amargo antes de pegar no sono, uma vez que ele contém substâncias que potencializam a comunicação neural.
Quem pretende ter uma noite de sono tranquila, com sonos leves, é fundamental não comer comidas pesadas. Evite opções ricas em proteínas e gorduras, uma vez que alimentos desse grupo costumam ter uma ingestão mais complicada.
A mesma orientação deve ser aplicada para substâncias estimulantes, entre as quais: açúcar, álcool e café. O mais indicado é se alimentar até três horas antes do seu horário de dormir. Opte por saladas e carboidratos mais leves para evitar futuros problemas. O líquido em excesso também não deve fazer parte do cardápio noturno.
A nutricionista Júnea Regina Pires Drews, professora do Centro Universitário UNA, em entrevista ao Jornal O Tempo, dá uma orientação importante aos diabéticos.
“Pessoas portadoras de diabetes, por exemplo, se não tiver uma dieta balanceada podem ter episódios de choro durante o sono. Mas, no geral, é importante evitar, de noite, alimentos como chocolate, cítricos, pimenta, hortelã, produtos à base de tomate, bebidas gasosas, café e bebidas alcoólicas em excesso. E para garantir uma qualidade de vida melhor e, consequentemente do sono e sonho, é importante abolir também do seu cardápio alimentos ultraprocessados que são produzidos com a adição de muitos ingredientes a exemplo de biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e macarrão”, explica Júnea.
Você também deve evitar dormir com a televisão ligada, uma vez que pode influenciar no aumento de pesadelos. Enquanto você dorme, para compreender os sons emitidos pela televisão, o cérebro pode construir situações para justificar os ruídos.
Existem ainda outras dicas que ajudam a dormir melhor, como: ler antes de dormir; criar um ambiente escuro; praticar exercício regularmente; evitar tomar café 6h antes de dormir e usar óleo essencial relaxante.
Após descobrir que os sonhos podem dizer muito sobre a sua saúde, siga-nos nas redes sociais e conheça outras dicas que impactam na sua qualidade de vida.
