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Pesquisa mostra quais as melhores cidades para viver e trabalhar em 2022

Lisboa, em Portugal, integra o top 5 das cidades mais procuradas no mundo por expatriados; idioma, custo baixo e qualidade de vida atraem brasileiros 

Quando a decisão de sair do país é tomada, descobrir qual será o melhor local para viver não é uma escolha fácil. Para os indecisos, uma pesquisa realizada pela Preply revelou que os melhores destinos estão na Europa e Ásia. A plataforma de idiomas analisou os 60 melhores locais para viver com base em índices como salário médio, segurança, custo de vida, internet e outros.

A cidade de Lisboa, em Portugal, conquistou a terceira posição do ranking, atrás de Kuala Lumpur, na Malásia, e da capital da Geórgia, Tbilisi. Dubai, nos Emirados Árabes, e Bangkok, na Tailândia, completam o Top 5.

A Preply chegou ao índice global dos expatriados – estudo que classificou os 60 destinos mais populares no mundo – após analisar 11 métricas relevantes de realocação, incluindo o tempo médio que o estrangeiro demora para aprender o idioma local.

Não por acaso, Portugal e Espanha são os países com mais cidades na lista dos 20 destinos de destaque, e estão entre os preferidos dos brasileiros. Só em 2020, o país lusófono detinha a maior comunidade brasileira na Europa, com mais de 250 mil cidadãos; a Espanha ficou em 4º lugar, com pouco mais de 150 mil residentes vindos do Brasil, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores.

(Preply/2022)

Portas abertas e novos vistos no continente Europeu

Ao que parece, a migração brasileira para Portugal é bem-vinda. No último mês, o país aprovou dois novos tipos de vistos de residência para brasileiros e Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que desejam procurar trabalho no país e/ou já atuam como nômades digitais. O primeiro é válido por 120 dias, podendo ter mais 60 de prorrogação. Para pleiteá-lo, os estrangeiros devem comprovar uma poupança mínima de 10 mil reais, valor que cobre o sustento por três meses.

Segundo a Preply, o custo médio de vida em Lisboa, cidade mais popular do país, é de 1.3 mil euros. O aluguel fica em torno de 865 euros, enquanto o salário médio não ultrapassa os  959 euros. Por isso, aos nômades digitais é solicitado uma renda mensal mínima de 14 mil reais – pouco mais de três salários mínimos portugueses – para se manter por até um ano no país.

Entre os destaques da cidade está a internet de 29 Mbps – o que é ótimo para trabalhadores remotos que precisam de uma conexão de alta velocidade para trabalhar. A capital portuguesa também possui 476 atividades de lazer, como passeios  e cruzeiros fluviais. Em termos de segurança, Lisboa tem uma pontuação no índice dos expatriados de 70,87 do total de 120, por isso é um dos locais mais seguros para viver. Além dela, Braga e Porto também são destinos populares.

Quem não é nativo no português também pode enxergar Portugal com bons olhos, já que o idioma é uma das linguagens mais rápidas para se aprender. Segundo a Preply, é necessário, em média, cerca de 600 horas de estudo.

Na Espanha, país que possui cinco das cidades mais populares para se viver, recentemente passou a vigorar a Lei da Memória Democrática, apelidada de “Lei dos Netos”, segundo a qual filhos e/ou netos de espanhóis exilados ou desnacionalizados podem solicitar nacionalidade no país.

A permanência de estrangeiros que desejam trabalhar também foi facilitada. Em novembro, o governo espanhol aprovou um decreto que facilita o reconhecimento de diplomas do exterior. Segundo as autoridades espanholas, qualquer cidadão estrangeiro titular de um diploma com validade oficial poderá utilizá-lo na Espanha.

Ásia em destaque

As duas queridinhas do Índice de Expatriados, Kuala Lumpur, na Malásia, e Tbilisi, na Geórgia, possuem custos de vida mensais ainda menores que Portugal. A primeira chega a demandar de seus residentes 903 euros por mês, com um apartamento de um quarto custando cerca de 368 euros — isso deixa bastante renda disponível para aproveitar tudo o que Kuala Lumpur tem a oferecer. A cidade possui mais de 322 atividades, como parques temáticos, passeios em cavernas e visitas às famosas Petronas Twin Towers.

Nômades digitais e profissionais de negócios podem alugar um coworking por 76 euros por mês, o mais baixo das 20 principais cidades do ranking. No entanto, a velocidade de internet da cidade está entre as mais lentas, com apenas 11 Mbps.

Tbilisi é mais caro para os expatriados em comparação com Kuala Lumpur, com salário mensal de 372 euros e aluguel de 580 euros, e uma refeição média custando 7,38 euros. No entanto, é uma das cidades mais seguras do ranking, com uma pontuação de 74,5, algo relevante, principalmente, para quem se muda com a família.

A segurança junto à herança cultural e à história complexa de Tbilisi faz 18% dos visitantes retornarem à cidade. Além de Tbilisi, Bangkok é a única outra cidade no top 20 do ranking a ter uma taxa de retorno de visitantes tão alta (18%).

Dubai e Bangkok completam as 5 principais cidades de expatriados

Famosa por seu estilo de vida luxuoso, o custo de vida de Dubai para estrangeiros é mais alto do que qualquer outra cidade da lista, algo em torno de 2.674 euros; mas, para equilibrar as coisas, o salário médio mensal é de 4.082 euros, o segundo mais alto da lista depois de Berna, na Suíça (4.907 euros). Outra característica que torna Dubai atraente são suas leis tributárias, com aqueles que ganham mais de 50 mil euros não pagando nada em impostos. Além disso, nômades digitais podem ter acesso ao “Remote Work Nomad Visa”, que facilita a entrada e permanência de suas famílias por até um ano, com acesso a todos os serviços oferecidos a um cidadão local.

Leva cerca de 2.200 horas para aprender árabe, que está no mesmo nível do mandarim (chinês) como a língua mais demorada para aprender.

O custo de vida em Bangkok também é alto, cerca de 1,7 mil euros, e o salário médio é de  492 euros. No entanto, depois de Kuala Lumpur, Bangkok tem o aluguel mensal mais acessível para uma propriedade de 1 quarto no centro da cidade por  451 euros, e uma refeição a 2,11 euros.

Metodologia 

Para revelar as melhores cidades para expatriados, a Preply criou o the global expat index (índice global de expatriados) que classifica 60 cidades ao redor do mundo em sua adequação para se mudar para morar e trabalhar com base nas 11 métricas a seguir:

  • Custo mensal de vida como expatriado

  • Salário médio mensal (depois de impostos)

  • Imposto estimado sobre US$ 50.000

  • Custo médio mensal do aluguel de um apartamento de 1 quarto no centro da cidade

  • Velocidade da Internet (Mbps)

  • Número de atrações

  • Custo médio de uma refeição em um restaurante barato

  • Pontuação de segurança da cidade (0-100, sendo 100 o mais seguro)

  • Taxa de retorno do visitante (%)

  • Custo médio mensal do espaço de coworking

  • Quantas horas para aprender a língua dominante na cidade

Cada cidade foi classificada e pontuada para dar uma “pontuação de realocação de expatriados”  final de 10.

Fontes:

Sobre a Preply

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem que conecta milhões de professores nativos a alunos de todo o mundo. A empresa fundada em Kiev, na Ucrânia, e que conta com escritórios em Barcelona, Espanha, já alcançou mais de 140 mil professores que ensinam 50 idiomas em 203 países ao redor do planeta. A solução proporciona uma relevante e eficiente experiência de aprendizado a preços justos. Mensalmente, a Preply realiza pesquisas nas áreas de educação, mercado, estilo de vida e outros temas relevantes para o mundo globalizado.

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