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O que é uma startup e o que ela faz?

O que é uma startup e o que ela faz?

Startup?

Hoje muitas tecnologias estão surgindo graças a uma maior facilidade de acesso à computadores, celulares e à internet. E com isso os negócios digitais se tornam promissores e conseguem cada vez mais a atenção de grandes investidores. Essas empresas surgiram para substituir processos engessados e revolucionar o mundo como conhecemos hoje. Os empreendedores por trás delas desafiam o status quo, derrubando monopólios e ameaçando grandes corporações.

De fato, startup é um termo que está na moda e empreender virou o sonho de muita gente, seja no Brasil ou lá fora. O termo vem da língua inglesa sem tradução oficial para a língua portuguesa, mas seria algo como uma “empresa emergente”. Propagado nos Estados Unidos durante a década de 1990, o termo startup se popularizou graças às empresas ligadas ao segmento da tecnologia criadas no Vale do Silício (na Califórnia) durante essa época.

Mas o que é uma startup?

O conceito mais difundido é: Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Esses fatores são exatamente o que diferenciam uma startup de uma empresa tradicional.

Em função de sua característica inovadora, do ambiente incerto e altamente competitivo, a startup tem que ter a capacidade de atender e de se adaptar rapidamente às demandas do mercado.

Geralmente possui equipes formadas por poucas pessoas com flexibilidade e autonomia, além de estruturas muito enxutas. Muitos também compartilham a ideia de que uma startup é uma organização temporária.

Abaixo vamos falar um pouco mais sobre essas características e aprofundar o entendimento:

Modelo de Negócios

No mundo empresarial o Plano de Negócios sempre foi uma das principais ferramentas de início da empresa, mas no segmento de startups você irá se deparar mais frequentemente com o Modelo de Negócios e o seu Quadro (Business Model Canvas). O modelo de negócios é a forma como a empresa cria, entrega e captura valor para alguém, ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. O foco aqui não é no produto, mas no valor e, por consequência, na rentabilidade. Será preciso definir muito bem como o seu negócio soluciona a dor do cliente de forma lucrativa. O Modelo de Negócios não substitui o Plano de Negócios. São ferramentas para tempos diferentes.

Uma startup necessita de inovação para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional. Essa construção deve prever fazer as coisas de uma forma diferente do que normalmente é feito ou ser uma adaptação do que está sendo feito com uso de tecnologia. As startups de maior sucesso são as que conseguem alcançar um modelo de inovação disruptiva.

Repetível e Escalável

Uma das características marcantes de uma startup é o crescimento rápido. E é através de um produto repetível e escalável que a empresa irá atingir um grande número de clientes e gerar lucro de forma rápida.

Para que o seu modelo de negócios seja escalável será necessário aumentar sua receita de maneira desproporcional ao aumento do seu custo. Crescer em receita, mas com os custos crescendo bem mais lentamente. Essa é a chave do sucesso de qualquer startup.

E para fazer isso normalmente só se consegue com o uso da tecnologia e do potencial de alcance da internet. Um negócio escalável não interfere no modelo de negócios ao crescer. Por exemplo: Uma padaria que opera no máximo de sua capacidade e tem uma produção de 100 pães por dia, caso tenha um aumento de demanda e queira aumentar sua produção para 200 pães por dia terá que duplicar toda sua estrutura em conjunto. Terá que comprar o dobro de ingredientes, colocar mais um forno, vai precisar de mais espaço, de mais um padeiro, etc.

Já uma startup funciona na internet ou por um aplicativo, caso 100 ou 200 pessoas usem não será necessário mais espaço, mais funcionários, talvez nem mesmo mais servidores. Essa relação aumenta de uma forma desproporcional.

E para um negócio ser repetível ele deve ser capaz de entregar o mesmo produto em escala potencialmente ilimitada. Por isso para as startups não é viável fazer muitas customizações ou adaptações para cada cliente, pois a meta é multiplicar. Essa característica também é o que difere uma empresa criadora de softwares tradicional sob demanda de uma empresa startup.

Incerteza

Uma startup está atrás de um modelo de negócios inovador, então ao nascer nem ela mesmo sabe o que se tornará. Por se tratar de algo novo existe uma incerteza muito grande se esse negócio vai dar certo. Não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo. Um startup é carregada de inovação então os clientes também irão aprender a conviver com esse novo serviço, pois anteriormente eles resolviam o problema de outra forma.

É exatamente por causa desse ambiente de incerteza que se fala tanto em investimento para as startups. O empreendedor cria seu modelo com base em experimentos de validação para testar o que irá funcionar para o cliente ou não. Essas validações é que vão determinar o MVP (Mínimo Produto Viável). Com o MVP validado o empreendedor poderá apresentar aos investidores que sua ideia funciona e que os clientes estão dispostos a pagar pelo produto. Esse investimento será importante depois para poder bancar a continuidade das operações enquanto o empreendedor continua seus experimentos de validação em busca do aperfeiçoamento do seu modelo de negócios.

Organização temporária

Empresas desse tipo ainda não se estabeleceram totalmente. Pode ser que hoje ela esteja vendendo de uma forma, mas na próxima semana esteja testando outras formas de comercialização para saber o que funciona melhor. Esse tempo enquanto a empresa resolve o seu modelo de negócios é que a define também como startup. Depois de estabelecido como irá atuar com seu modelo de negócios já maduro o negócio deixa de ser uma startup e passa a ser uma empresa, assim como Facebook e Twitter por exemplo. Hoje eles já são empresas com modelos de negócios bem definidos e deixaram de ser consideradas startups.

Startups Unicórnio

As startups de acordo com o mercado que atendem recebem algumas classificações, tais como:

  • Edtech – atende mercado de educação;
  • Fintech – startups do segmento de financeiro;
  • Contrutech – startups ligadas à construção civil;
  • Lawtech – startups do segmento de direito;
  • Healthtech – startups do setor de saúde, dentre outras.

Também podem ser classificadas de acordo com o seu modelo de negócios:

  • B2B – sua proposta de valor atende outras empresas;
  • B2C – sua proposta atende o cliente final;
  • B2G – sua proposta de valor atende os governos.

Porém o que todo empreendedor de startup quer ser é uma Startup Unicórnio. Poucas são as startups que alcançam esse patamar. Ser uma startup unicórnio significa que a sua empresa alcançou o valor de mercado de 1 bilhão de dólares. Hoje existem pouco mais de 500 empresas desse tipo no mundo. No Brasil, são 12:

  • PagSeguro
  • Stone Pagamentos
  • Ebanx
  • Arco Educação
  • Loft
  • Nubank
  • Loggi
  • iFood
  • Gympass
  • 99
  • QuintoAndar
  • Wildfire

Porque é um bom negócio?

As startups se tornaram uma febre na comunidade de empreendedora principalmente por ter algumas vantagens para se começar esse tipo de negócio em relação aos demais segmentos. Diferentemente de uma empresa de agronegócio não há necessidade de ter terras férteis para o sucesso do empreendimento. Também não é necessário grandes investimentos com máquinas caras como é no segmento da indústria. Por se tratar de uma economia pautada no conhecimento seu maior insumo são boas ideias. Hoje praticamente todo o conhecimento necessário está na internet e quase sempre de forma gratuita. Por isso a infraestrutura mínima para início muitas vezes é um computador conectado à internet.

Samuel Moraes

Samuel Moraes

Sebrae
Administrador de empresas especialista em marketing e publicidade empresarial e mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação. Atuo no desenvolvimento do segmento empresarial de Economia Digital da região de Teresina.

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