De acordo com um novo levantamento da Receita Federal, o Brasil registrou um aumento de 150% em compras internacionais nos últimos cinco anos. De 2018 a 2022, apenas o ano de 2020 registrou queda, com todos os demais apresentando um crescimento gradual. O recorde foi em 2022, com mais de 176 milhões de produtos importados – a maioria vinda de sites chineses.
Sites como Aliexpress, Shein, Shopee e Amazon estão dominando as importações da região. No período apurado pela Receita Federal, muitos ampliaram sua operação em larga escala no Brasil, como é o caso da Shein, que não só adquiriu diversos galpões espalhados pelo país, como também nacionalizou sua produção. O estado do Rio Grande do Norte foi o primeiro a receber uma fábrica da gigante chinesa.
O levantamento aponta que o consumidor brasileiro passou a confiar mais em sites internacionais, devido a diversas condições favoráveis de compra. A começar pelos baixos preços, que são bem mais competitivos, se comparados com a média do comércio nacional, o valor do frete e o período de entrega também passaram a ser mais atrativos, muitas vezes se equiparando a encomendas feitas em distribuidores locais.
Recentemente, o Ministério da Fazenda implantou o programa Remessa Conforme, que visa estabelecer taxas padronizadas para importações em todos os sites que se filiarem. Ainda em implementação, a iniciativa cobrará um imposto de 17% para compras abaixo de 50 dólares e de 92% acima desse valor, sem risco de taxação adicional pela Receita Federal (como acontecia no modelo tradicional).
Compras com contas internacionais
Apostar em uma conta bancária internacional pode facilitar grande parte do processo de importação. Apesar de a medida ser mais popular para viagens ao exterior, a opção também vem se tornando viável ao comprar produtos em moedas estrangeiras, o que por vezes pode ser mais vantajoso do que fazer a conversão direta na plataforma em questão.
Com uma conta internacional, o titular deposita o valor desejado na moeda estrangeira (como dólar ou euro, por exemplo) em reais, pagando apenas o IOF (imposto sobre operações financeiras) de 1,1% em cima do que for depositado – sempre levando em consideração a cotação do momento.
O imposto cobrado em compras realizadas diretamente com o cartão de crédito sempre é maior, então fazer a transação usando a moeda local é mais vantajoso e econômico. Dependendo da instituição financeira utilizada, é possível entrar em programas de fidelidade que diminuem essas taxas, facilitando ainda mais o processo.