A Uber é a empresa pioneira no segmento de viagens particulares por aplicativo no Brasil e no mundo. Em nossas terras ela chegou por volta de 2014 e provocou um verdadeiro alvoroço.
Taxistas e cooperativas odiaram a ideia de que um aplicativo digital pudesse possibilitar que cidadãos trabalhassem transportando pessoas sem a necessidade de um alvará ou curso preparatório.
Naquela época, todos os meios de comunicação passaram a mostrar diariamente os episódios de violência que os motoristas da plataforma sofriam. E apesar das muitas tentativas, quem tentou nunca conseguiu derrubar o maravilhoso serviço de viagens da norte-americana.
Hoje, não somente a Uber lucra com o seu aplicativo, mas milhares de outros brasileiros indiretamente também estão se beneficiando, assim como outras empresas do mesmo segmento, tais como: 99, Cabify, inDriver, entre outras.
Os motoristas
Os motoristas formam a principal engrenagem de um conjunto de peças que fazem o ecossistema dos aplicativos de transporte funcionarem. Sem eles seria impossível tornar esse negócio promissor. Por essa razão, são um alvo certo de investimento com retorno garantido.
Não à toa, grandes empresas de locação de veículos tem visto seus faturamentos mais do que triplicarem desde que passaram a investir nesses profissionais.
E como esses motoristas não são obrigados a trabalharem com carro próprio, a grande maioria deles tem largado, inclusive, seus próprios empregos para arriscarem nessa profissão, afinal, eles podem simplesmente alugar um carro ou emprestarem de algum conhecido.
A partir desse ponto já fica claro que a locação de veículos para motoristas de aplicativo é, sem dúvida, um negócio rentável.
A locação de veículos
Atualmente, os motoristas que trabalham com carro alugado destinam até 25% do seu faturamento total para essa finalidade, segundo o que pudemos constatar na matéria Aluguel de Carros para Uber e 99, do site Motorista Elite.
Isso significa que um profissional que tenha seu lucro na casa dos R$ 6.000 brutos – o que não é difícil em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte, por exemplo – reserva algo em torno de R$ 1.500 para a locação do seu veículo de trabalho.
Agora o dado mais interessante: segundo o mesmo site mencionado anteriormente – por sinal especializado no assunto -, atualmente a Uber tem mais de 500 mil motoristas cadastrados, dos quais 70% não trabalham com um veículo próprio.
Opa! Seria essa uma oportunidade de investimento? Bom, imagine que além da Uber também exista outras empresas, como a 99 – maior concorrente da norte-americana -, Cabify, inDriver, e por aí vai… É, parece que realmente há uma chance de investimento e retorno muito boa por aqui.
E foi notando essa possibilidade de gerar renda através da locação de veículos para motoristas de aplicativos que muitas pessoas começaram a construir suas próprias frotas.
De onde vem o lucro?
O primeiro passo para entendermos como é possível obter lucro com a locação de veículos para esses profissionais é, basicamente, olhar para o que a Uber exige de um motorista em relação ao carro que ele pode utilizar para trabalhar. Vamos ver?
- Fabricação 2013 ou superior em São Paulo
- Fabricação 2011 ou superior nas demais cidades
- 4 portas
- Ar-condicionado
- 5 lugares
Os dados acima já estão atualizados para o ano de 2021.
Isso significa que qualquer pessoa que tenha um carro com ano de fabricação entre 2011 e 2021 ou entre 2013 e 2021 – para a cidade de São Paulo – pode alugá-lo para um motorista de aplicativo.
Mas quanto poderia ser cobrado pelo aluguel? Basta fazer uma pesquisa nos grupos de motoristas distribuídos pelo Facebook e WhatsAPP para notar que os modelos mais simples – desde que tenham ar-condicionado e direção hidráulica – são alugados na faixa de R$ 1.500. E nesse caso estamos falando de modelos antigos e com fabricação superior a 6 anos.
Sabendo disso, muitas pessoas – especialmente com veias empreendedoras e boas habilidades na gestão de seus negócios, estão começando a lucrar a partir da locação de sues próprios carros.
Quem paga as despesas de manutenção?
Ao gostar da ideia e arrumar formas de colocar um ou mais carros para locação, os locadores acabam se deparando com uma dúvida muito grande: quem ficará responsável por arcar os custos das manutenções do veículo?
Nesse sentido há duas formas comuns de se pagar os custos das manutenções: primeiro, incluindo o valor dentro do próprio aluguel; segundo, cobrando o valor da manutenção à parte e, consequentemente, diminuindo um pouco a margem de lucro.
Entre as duas formas, a mais utilizada é a primeira. Obviamente é necessário que haja um equilíbrio de modo que o preço do aluguel e manutenção juntos não seja abusivo para o motorista que fará a locação.
Há uma matéria sobre os carros permitidos na Uber bastante elucidativa sobre quais carros são aceitos e, consequentemente, também vale para outras empresas do mesmo segmento.
A leitura da mesma é importante para todos àqueles que, depois de ler essa matéria, sintam um desejo de experimentar esse modelo de negócio, pois a mesma aborda quais veículos se encaixam nas categorias X, Comfort e Black, atualmente as mais importantes do mercado.
Dessa forma, você ou o seu cliente – caso você faça a gestão desse negócio para ele – saberão segmentar com maior precisão em qual área da locação de veículos irá atacar: os carros mais simples, intermediários ou de luxos e, respectivamente, se os lucros serão mais brandos, medianos ou altos.