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III Fórum destaca experiências internacionais de garantias de crédito

No segundo e último dia do III Fórum Brasileiro de Garantias de Crédito para as MPE, realizado em Belo Horizonte nos dias 8 e 9 de agosto, os debates giraram em torno das experiências internacionais.

O secretário da Rede Iberoamericana de Garantias (Regar), Pablo Pombo, traçou o panorama mundial dos sistemas de garantia de crédito e lembrou que o Brasil segue como o país latino-americano com o maior montante de garantias vivas, algo em torno de US$ 8,23 milhões, e US$ 10,9 milhões de crédito movimentado.

Segundo Pablo Pombo, o financiamento para as micro, pequenas e médias empresas na América Latina, que contam com sistemas de garantia, cresceu 10 vezes no período de 2000 a 2010. São U$ 30 milhões neste período. “Há países na América Latina que claramente estão equiparando-se a países de outros continentes no que diz respeito à pujança das garantidoras de crédito. Costumo dizer que os sistemas de garantia são uma espécie de política pública de apoio à pequena e micro empresa. Isso porque favorecemos com caráter universal o acesso ao financiamento e contratação de micro e pequenas empresas, prestamos garantias, finanças e serviços de assessoramento financeiro”, disse.

Um exemplo de crescimento do sistema de garantias relatado por ele foi a Espanha, que em 10 anos teve incremento de 911% com apoio do marco regulatório. Só de garantias vivas, em 2010 o crescimento foi de 42% na Espanha e Portugal.

As tendências para o futuro, segundo ele, são de crescimento e desenvolvimento, implementação de marcos regulatórios, de supervisão de qualidade e eficiência, continuidade do papel relevante do Estado e de participação de instituições privadas crescente.
Apesar do constante crescimento, ele afirmou que a garantia ainda é um bem escasso que afeta especialmente as micro e pequenas empresas no acesso ao crédito. “Deve haver politica de Estado para favorecer o acesso ao financiamento do empresário de maneira que ele possa se desenvolver e permanecer sólido e estável. O sistema não é uma moda e deve estar plenamente integrado ao sistema financeiro. Por isso, é importante uma aliança estratégica e consenso pleno entre os agentes envolvidos”, explicou.

Experiências – Modelos adotados por unidades garantidoras na Europa e reconhecidos por instituições financeiras também foram apresentados no evento. O diretor do Departamento de Produtos de Crédito do banco Santander, Totta, Luis Miguel Santos, falou da evolução e do apoio fornecido ao sistema de garantia mútua pela instituição. “A partir de 2008, o banco começou a obter uma quota de mercado significativo para esse segmento com forte intervenção do Estado e hoje cerca de 95% dos nosso clientes estão vinculados ao sistema de garantia mútua”, frisou.

Segundo ele, esse modelo gerou uma mudança de pensamento na instituição. “Passamos a fazer um gerenciamento unificado dos procedimentos e agregar valor para reduzir taxas de financiamento e, consequentemente, trazer clientes que antes não acessavam o crédito”, explicou.

O administrador executivo da Lisgarante, Nuno Cavaco Henrique, revela que a parceria com as instituições financeiras deu certo em Portugal. “Conseguimos criar uma plataforma de comunicação com os bancos para nos aproximar deles e isso fez diferença”, disse. Dados apresentados pelo dirigente apontam que nos últimos cinco anos as operações aumentaram significativamente e alcançaram U$ 2 milhões. A entidade tem 18 mil clientes ativos. Cerca de 72,2% destes são micro e pequenas empresas.

O secretário técnico da Associação Latinoamericana de Instituições de Garantia (Aliga), Miguel Gaya, iniciou sua explanação com a radiografia da evolução do sistema de garantias na América Latina. Em 2000, por exemplo, o número de MPE assistidas foi de 2,2 milhões, com incremento de 531% e 2.258 garantias vivas.

“As garantias não são só uma ferramenta anticíclica ou de correção de uma falha de mercado. Os efeitos de sua utilização vão além de procurar um melhor e mais amplo acesso ao crédito para os empreendimentos, pois esses mecanismos permitem operar uma sinergia natural entre os empresários, o sistema bancário e o Estado”, defendeu Gaya.

Para ele, as garantias devem fazer parte da agenda dos governos do bloco econômico. “As pequenas e micro empresas têm seu potencial de formar empreendedores e propiciar a criação de empregos de qualidade gerando condições sociais mais equitativas. É nisso que apostamos”, defendeu o representante da Aliga.

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