Cadastrar

Esqueceu a senha?

Perdeu sua senha? Por favor, indique o seu endereço de e-mail. Você receberá um link e criará uma nova senha por e-mail.

Sorry, you do not have permission to ask a question, You must login to ask a question.

Sorry, you do not have permission to add a post.

Please briefly explain why you feel this question should be reported.

Explique brevemente por que você acha que essa resposta é inadequada ou abusiva.

Please briefly explain why you feel this user should be reported.

Fórum Ibero-Americano debate financiamento dos pequenos negócios

Participantes defendem acesso ao crédito como direito universal das micro e pequenas empresas

O XVII Fórum Ibero-Americano de Sistemas de Garantia de Crédito foi aberto na quinta-feira, 25/10, em Buenos Aires pelo secretário técnico da Rede Ibero-Americana de Garantias (Regar), Pablo Pombo, e pelos dirigentes da Sociedade de Garantia Recíproca (Garantizar) e do Fundo de Garantias Buenos Aires (Fogaba), entidades de garantia recíproca organizadoras do evento na Argentina.

O dirigente da Regar registrou a participação de 150 representantes de 22 países no encontro e fez um balanço da atuação na região. “O financiamento das micro e pequenas empresas cresceu 10 vezes no período de 2000 a 2010. Atualmente existem 111 sociedades de garantias de crédito que operam em todos os países ibero-americanos. Somos uma realidade e uma necessidade”, comemorou Pablo Pombo.

A delegação brasileira, formada por quase 50 dirigentes do Sistema Sebrae e das Sociedades de Garantia de Crédito, destacou-se como a maior representação estrangeira em Buenos Aires. O tema central da 17ª edição do Fórum Ibero-Americano foi o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito na perspectiva da construção de redes para o desenvolvimento.

A abertura do evento contou com a presença de Hernán Lorenzino, ministro da Economia da Argentina, e de Cristian Breitenstein, secretário de Produção, Ciência e Tecnologia da província de Buenos Aires. Os representantes do governo argentino destacaram a importância das micro e pequenas empresas para o país. O setor representa 40% do PIB e responde por 70% do emprego na Argentina. Eles afirmaram que a democratização do acesso ao crédito é um elemento central para o crescimento e a sustentabilidade econômica nacional. “Sem crédito, não há produção”, resumiu Breitenstein.

Já o ministro da Economia afirmou que o sistema financeiro da Argentina não vem cumprindo de maneira satisfatória seu papel de ofertar crédito para os pequenos negócios de seu país. Para superar essa situação, o governo argentino criou uma norma que estabelece a destinação de 5% dos depósitos bancários para a atividade produtiva, sendo que a metade desses recursos deve ser aplicada nos pequenos negócios.

Essa medida faz parte da reforma do sistema financeiro que encontra-se em curso na Argentina. “A autorregulação não foi capaz de superar a ineficácia de nossas instituições financeiras. Decidimos, então, resgatar o papel do Banco Central como indutor do desenvolvimento econômico e estimular a conversão da poupança nacional em investimentos produtivos”, afirmou Lorenzino.

Financiamento dos pequenos negócios

O diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, foi o primeiro palestrante do painel sobre o fortalecimento das micro e pequenas empresas (MPE) na economia ibero-americana. A palestra intitulada “Por que apoiar uma política pública de financiamento das MPE” partiu da premissa de que os pequenos negócios fazem parte das economias nacionais e, portanto, são capazes de influenciar o ambiente econômico e o sistema financeiro.

Carlos Alberto assinalou que o crédito não cria oportunidades para as micro e pequenas empresas. “O crédito é apenas um elemento para a viabilização dos negócios e pode se tornar um problema se não houver uma boa gestão financeira, que antecede à questão do acesso ao crédito”, advertiu.

A mudança na composição da renda nacional também foi destacada pelo representante do Sebrae Nacional como um fato novo e positivo na atual estrutura socioeconômica do Brasil. “Assistimos nos últimos anos à redução do peso das classes D e E na pirâmide social brasileira e à emergência de uma nova classe média, composta por mais de 100 milhões de pessoas”, apontou.

O diretor técnico acrescentou, ainda, que os pequenos negócios são responsáveis pela geração de 60% dos empregos e respondem por 25% do PIB. No entanto, eles representam apenas 40% da massa salarial e contribuem somente com 1% das exportações brasileiras. Carlos Alberto explicou que isso se deve à baixa produtividade das micro e pequenas empresas e ao fato de que elas ainda não integram os setores mais dinâmicos da cadeia produtiva.

Segundo o dirigente do Sebrae Nacional, o circulo virtuoso da economia brasileira decorreu, entre outros fatores, do aumento da oferta de crédito para o setor produtivo. No entanto, houve nos últimos anos uma diminuição da participação dos pequenos negócios nos empréstimos de até US$ 50 mil. “Precisamos superar esse paradoxo. A incorporação das micro e pequenas empresas pelo sistema financeiro é outro desafio que temos pela frente”, projetou Carlos Alberto.

Fundo regional

Os participantes do XVII Fórum Ibero-Americano de Garantia de Crédito receberam a notícia de que o Mercosul está estudando a possibilidade de lançar, no próximo ano, um fundo de garantia de crédito no valor de US$ 100 milhões. “A proposta desse fundo é garantir a complementariedade das atividades econômicas dos países-membros”, esclareceu Ivan Botelho, representante do Mercosul no evento.

O painel foi fechado com a apresentação de Manuel Malaret, diretor de Promoção de Pequenas e Médias Empresas e Microcrédito da Corporação Andina de Fomento (CAF). Ele apresentou as linhas de ação do banco de desenvolvimento na América Latina e no Caribe e defendeu o aumento do crédito para as micro e pequenas empresas como uma estratégia de conquista do crescimento sustentável de qualidade na região.

You must login to add a comment.

Posts relacionados