Mobilidade e custo menor incentivam micro e pequenas a oferecer opções de pagamentos pelo celular, unindo tecnologia e praticidade. São cerca de 38,8 milhões de celulares no Brasil, cerca de 25 mil empresas e autônomos que aceitaram pagamento por dispositivos móveis no Brasil em 2014 e R$ 963 milhões em transações pelos cartões de débito e crédito.
Com o acesso à internet, os celulares ganharam um recurso valioso para micro e pequenas empresas (MPEs): podem ser usados para receber pagamentos, por meio de leitores acoplados ou aplicativos. Além da mobilidade, a solução conquista mais adeptos em razão, em alguns casos, do menor custo comparado ao das tradicionais maquininhas de PoS (sigla para point of sale, ou “ponto de venda”). Como é crescente a preferência do consumidor pelo cartão, a aceitação pode alavancar as vendas para MPEs. A tarifa cobrada pela transação financeira pode ser mais em conta, dependendo da forma de pagamento [veja quadro abaixo]. Os valores mais baixos estão nas compras a débito, que giram entre 2,39% e 2,69%. No crédito, as taxas são equivalentes e começam em 2,99%, mas podem subir de acordo com o número de parcelas. As máquinas PoS ainda acrescentam uma mensalidade que varia de acordo com o volume de vendas.
Segundo o gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-SP Renato Fonseca, antes de aderir a qualquer tecnologia, o empresário deve analisar a necessidade dos clientes. “Se o cliente pede formas de pagamento diferentes das oferecidas, procede analisar as tecnologias disponíveis. Caso não peçam, não precisa investir”, diz Fonseca. Para aderir, o empresário deve entrar em contato com a operadora e solicitar o serviço e o aparelho. Algumas exigem a aquisição do equipamento. Em outras, o dispositivo sai de graça, em troca de contrato mensal. A Cielo conta com a Cielo Mobile, que disponibiliza opções de transações digitadas via aplicativo ou pagamentos por leitor acoplado. O custo mensal do aparelho é de R$ 11,90. O aplicativo é gratuito, mas realiza apenas transações no cartão de crédito à vista e parcelado. Também atuam nesse nicho o UOL com o PagSeguro; a Payleven e a iZettle, que cobram pelo equipamento e não há mensalidade.
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