2021 chegou e, com ele, a continuação das muitas mudanças que ocorreram no absolutamente atípico 2020 que se foi. Historicamente, economicamente, emocionalmente e em tantas outras frentes, o ano passado foi um marco na vida de milhões e milhões de pessoas em todo o planeta, nos forçando a mudar e transformar nossos hábitos e visões em um espaço curtíssimo de tempo. A pandemia nos distanciou fisicamente das pessoas, e lá fomos nós em busca de uma nova forma possível de viver e conviver: o espaço digital.
A internet já mostrava seu poder e seu crescimento nos anos anteriores, com a ascensão do comércio eletrônico, a expansão dos profissionais influenciadores digitais, o aumento da oferta no ensino online, e tantas outras possibilidades e atividades que se expandiram no ambiente virtual. E isso ficou ainda mais evidente no fatídico 2020, em que as barreiras físicas e geográficas impostas pelo novo coronavírus foram ultrapassadas com a ajuda da internet.
Para ter uma ideia: no primeiro semestre do ano passado, o e-commerce brasileiro registrou um crescimento de 47%, a maior alta em 20 anos, conforme dados da 42ª edição do Webshoppers, estudo sobre e-commerce do país elaborado semestralmente pela Ebit|Nielsen.
A mesma pesquisa revelou outro dado interessante: os adeptos do e-commerce no Brasil cresceram 40% nesse mesmo período (primeiro semestre do ano). Os compradores chegaram a 41 milhões no total, sendo que 7,3 milhões de brasileiros compraram online pela primeira vez! É um imenso contingente que chegou para ficar.
Pegando números ainda mais próximos, a ACI Worldwide revelou um aumento de 24% nas transações de comércio eletrônico em dezembro de 2020 em todo o mundo.
É fato: estamos mais digitais do que nunca. Claro que já estávamos caminhando, ano a ano, para uma vida cada vez mais adaptada ao ambiente digital, mas a pandemia acelerou bastante esse processo, nos colocando “no susto” diante de novas perspectivas.
Estamos nos acostumando a esse novo cenário, entendendo as possibilidades existentes nele, e é importante que nós, mulheres empreendedoras, estejamos sempre antenadas nos números e novidades. Apesar das tantas dificuldades que encontramos nesses últimos meses, esse contexto altamente digital pode ser um solo realmente fértil para o plantio das ideias empreendedoras.
Mas como seu serviço ou produto pode fortalecer a presença no mundo digital? Como encantar sua clientela e alcançar um novo público? Como as redes sociais podem ajudar nessa missão?
Dedicando-se à experiência digital do seu cliente
Acredito que humanizar é a resposta para as perguntas acima. Se antes de tudo que passamos a experiência humanizada já era de suma importância, ela passou a ser central. As pessoas passaram por baques muito fortes, e tiveram suas experiências brutalmente alteradas – e isso passa também pela experiência de consumo.
Em 2021, os esforços voltados à CX (Customer Experience) devem ser redobrados. Diversos estudos recentes já mostram a preferência do consumidor por marcas e empresas com propósito, que vejam o cliente de forma personalizada.
Portanto, a dica que vou deixar nesse começo de ano é: utilize a tecnologia e a internet em favor do bem-estar de seu cliente. Ouça os feedbacks, entenda os hábitos dos seus compradores, fique de olho nas transformações rápidas que estão ocorrendo. Estamos mais digitais do que nunca, e nossos clientes também.
Silvia Barboza é diretora da La Femme, referência no segmento de calçados flats com pedrarias no Brasil. Com um parque fabril de 2.500 m², a marca produz para mais de 1.000 lojas multimarcas em todos os estados do Brasil e no mundo, como África do Sul, Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, Emirado Árabes Unidos, Estados Unidos, Paquistão e Paraguai. Com produção diária de 1.500 pares, a La Femme já produziu e distribuiu mais de 3,5 milhões/pares no mercado nacional e internacional.