Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente a população brasileira de animais domésticos alcança 106,2 milhões.
O amor pelos bichos de estimação gera oportunidades: o mercado pet gera mais de 3 milhões de empregos no Brasil e movimenta R$ 16,4 bilhões por ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Em média, cada família gasta R$ 350 por mês com os animais, o que concede ao Brasil a segunda colocação entre os maiores mercados consumidores de produtos e serviços pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Surfando nessa onda, empreendedores investem em tecnologia e novas ideias para atender às necessidades dos consumidores e de seus animais.
São produtos e serviços envolvendo alimentação saudável, acessórios tecnológicos, cosméticos, hospedagens, academias de ginásticas, entre outros.
A proprietária da Gatolino Bebedouros, de Santos, Katia Cristiane de Zutter Libardi, detectou um nicho de mercado na fabricação e venda de bebedouros para gatos. A ideia veio a partir de uma conversa com um amigo, que relatou os problemas renais do seu gato porque o animal não bebia muita água. Depois de assistir a um vídeo na internet que ensinava como fazer um bebedouro caseiro, Katia testou a novidade com seus gatos. E eles realmente beberam mais água do que o normal. “Criei o meu próprio produto, mudei algumas coisas no design e iniciei a venda pela internet. Os materiais de alumínio e plástico vêm de empresas terceirizadas e só fazemos a montagem dos bebedouros. Hoje, tenho um site de e-commerce e também vendo pelas redes sociais. Comercializo, em média, quatro bebedouros por dia. Além disso, ofereço também outros produtos artesanais como almofadas e placas decorativas para enfeitar a casa”, afirma.
Apesar de a ideia não ser totalmente nova no mercado – uma vez que existem produtos semelhantes à venda – os diferenciais da Gatolino, que nasceu em 2013, são o preço e o atendimento.
“Procuro ouvir meus clientes para saber o que estão achando dos produtos, o que deve ser adaptado e se existe alguma necessidade não atendida. Meu diferencial é o preço, que é bem abaixo dos concorrentes, e o atendimento personalizado via redes sociais”, aponta Katia. Segundo o consultor da Unidade
Desenvolvimento e Inovação do Sebrae-SP, Renato Fonseca de Andrade, é muito importante observar as reações dos clientes para adotar inovações. “O consumidor sinaliza suas necessidades com simples comentários durante uma compra na pet shop ou em um fórum sobre o tema na internet. Então, é muito importante que o empreendedor preste atenção nisso para ter uma ideia que transforme essa necessidade em negócio”, afirma.
Para Andrade, o primeiro passo para o empresário começar a inovar é responder à seguinte pergunta: como posso resolver essa(s) questão(ões)?
Antes de abrir a empresa, Katia procurou o Sebrae-SP para tirar dúvidas sobre patentes de produtos e outras questões de gestão. “Participei de palestras e de cursos de marketing que me ajudaram a aumentar as visitas no Facebook e a melhorar as vendas. Atualmente, forneço produtos para apenas duas lojas pet de Santos, mas a meta é aumentar o número de distribuidores e elevar a produtividade”, avalia.
Não deixe de acessar os sites do Sebrae e aprimorar seus conhecimentos sobre mercado e empreendedorismo.
Acompanhe mais matérias como essa no Sebrae Mercados.