Consignado: novas regras são positivas ou negativas?

Entre as principais medidas para inibir o endividamento de aposentados e pensionistas durante a pandemia de Covid-19, diferentes discussões foram feitas e novas regras foram estabelecidas para o empréstimo consignado.

Esta opção de crédito é destinada para aposentados, pensionistas e servidores públicos e a adesão cresce a cada ano, motivada pela baixa taxa de juros e condições estendidas de pagamento. Apenas no primeiro semestre de 2020, o consignado cresceu 20% no país.

As novas regras estabelecidas são válidas apenas para aposentados e pensionistas e têm validade até dezembro de 2020, quando acaba o período de ‘calamidade pública’, devido aos impactos da pandemia.

Principais mudanças no consignado

Entre as principais alterações na regra do consignado, destacam a queda dos juros e a extensão do prazo de pagamento. Embora o empréstimo consignado já apresente a menor taxa de juros do país, a mesma foi reduzida de 2,08% para 1,80% ao mês. Para quem faz uso do cartão de crédito consignado, também houve alteração nos juros: de 3% para 2,70% ao mês. Sobre o prazo de pagamento, o mesmo foi estendido de 72 para 84 meses.

Além disso, a margem consignável por beneficiário, ficou estabelecida em até 30% do recebimento mensal para empréstimos, e mais 5% para operações do cartão de crédito consignado. Isso significa que até 35% pode ser descontado do salário para pagamento do empréstimo.

A carência para iniciar o desconto das parcelas do empréstimo consignado também foi modificada; agora as instituições financeiras podem conceder um prazo máximo de 90 dias a contar do início do contrato.

Positivo ou negativo?

Essas foram apenas algumas das principais mudanças nas regras do empréstimo e do cartão de crédito consignado. Para analisar se as mudanças foram positivas ou negativas é preciso considerar diferentes pontos de vista.

Sob a ótica do mercado financeiro, as mudanças impactam positivamente a economia, pois injetam dinheiro e incentivam o consumo de bens e serviços, visando a retomada do país. Já sob a perspectiva do tomador/beneficiário, as alterações trazem respiro para os novos contratos, com condições mais acessíveis e maior prazo para quitação. Dessa forma, o consignado continua sendo a melhor opção de crédito do país.