Cadastrar

Esqueceu a senha?

Perdeu sua senha? Por favor, indique o seu endereço de e-mail. Você receberá um link e criará uma nova senha por e-mail.

Sorry, you do not have permission to ask a question, You must login to ask a question.

Sorry, you do not have permission to add a post.

Please briefly explain why you feel this question should be reported.

Explique brevemente por que você acha que essa resposta é inadequada ou abusiva.

Please briefly explain why you feel this user should be reported.

II Fórum Banco Central de Inclusão Financeira – dia 2 – Painel 2 – mesa 4

II Fórum Banco Central de Inclusão Financeira – dia 2 – Painel 2 – mesa 4


No encerramento do segundo dia de Fórum, a mesa 4 trouxe casos de sucesso de projetos de inclusão financeira. Participaram do debate Anadete Torres, superintendente da área de microfinanças urbana e MPE Crediamigo; Edney Sacramento, coordenador de educação cooperativa da Ascoob Serrinha; Jerônimo Ramos, superintendente do Santander Microcrédito e Juliana Paz, gerente da Ande.

Todos os participantes concordaram que para atuar na área de microfinanças é necessário promover uma inversão de papéis. O agente financeiro é que deve ir ao empreendedor. Segundo Jerônimo Ramos, “microcrédito é atitude”. Por isso, o papel do agente de crédito é fundamental para estabelecer a confiança com o empresário e incluí-lo no sistema financeiro.

Ramos disse que o Santander Microcrédito atende mais de 600 municípios e que no ano que vem está projetando um desembolso de R$1 bilhão. Segundo Ramos, a microfinança promove o desenvolvimento local, pois o dinheiro é reinvestido na própria região. “Algo em torno de 80% da renda gerada pelo microcrédito é consumido na própria comunidade”, afirmou.

Ramos fez coro com integrantes de outras mesas e afirmou que a microfinança deve ser tratada de forma comercial. “As operações devem dar lucro para que o acionista tenha ânimo para continuar investindo”, argumentou. O programa Santander Microcrédito tem 92 mil beneficiários e um índice de 3% de inadimplência.

Edney Sacramento apresentou o caso da Ascoob Serrinha, uma cooperativa de crédito da interior da Bahia voltada para o crédito rural, que possui mais de 5 mil associados. De acordo com Sacramento, é preciso apenas R$30 para se filiar.
Ele destacou ainda o advento da figura do empreendedor individual, que, segundo ele, acelerou o processo de inclusão financeira.

Anadete Torres apresentou o programa Crediamigo do Banco do Nordeste, que foi lançado em 1998. Segundo a coordenadora, o programa concede crédtio de RS100 a R$15 mil. A trâmite dos pedidos é simplificado, levando no máximo sete dias. Além disso, é utilizado o aval solidário, que facilita a integração financeira.

O Crediamigo já atendeu aproximadamente 1,5 milhões de clientes e atualmente atende 690 mil. Segundo Torres, todos os clientes possuem conta corrente, além de acesso a outros produtos como seguro de vida, orientação empresarial e ambiental entre outros. A inadimplência registrada é de 1%. Torres afirmou que há unidades em que não há inadimplência.

Para fechar as atividades do Painel 2 na segundo dia do Fórum, Juliana Paz apresentou o trabalho da Ande. Segundo Paz, a atual legislação ainda impede que muitos acessem os serviços financeiros. Dessa forma, o trabalho realizado pela Ande visa encontrar formas alternativas de inclusão financeira.

Uma dessas experiências é o banco comunitário focado em crédito interno, no qual há uma poupança entre os moradores da comunidade e os integrantes só podem emprestar dinheiro entre si. Juliana explicou que a metodologia além de incluir financeiramente, também é uma ferramenta para integração da comunidade.

Ela ilustrou os resultados da iniciativa com um caso. Uma comunidade criou um banco comunitário e uma senhora pegou R$60 emprestados para pagar contas atrasadas. Porém, no mês seguinte, ela não pagou, o que inicialmente causou revolta entre os membros da comunidade. No entanto, quando foram à casa da senhora, perceberam que ela não tinha condições de pagar o empréstimo, pois o dinheiro era direcionado para alimentar a família. A partir desse momento, todos os membros se juntaram e passaram a dar uma cesta básica por mês à senhora, que pôde então pagar o empréstimo. “Criou-se uma rede de apoio, não uma rede de cobrança”, concluiu Paz.

Texto Pedro Valadares

You must login to add a comment.

Posts relacionados