O tema abordado está direcionado à análise do fenômeno social mundial das criptomoedas e sua influência na economia
O mundo caminha a passos largos na era digital e a tendência de desmaterializar o que consumimos não tem volta.
Com dados e dinheiro não será diferente. Para debater o tema, a palestra “Blockchain e a revolução financeira: Os impactos da criptomoeda na economia”.
O encontro teve o objetivo de compreender o funcionamento dessas tecnologias, suas diferentes funções e o seu potencial de alavancar modelos inovadores de negócios. O debate aconteceu dentro do projeto Aquário, um ciclo de palestras sobre temas importantes para a nova economia e seu impacto na sociedade.
Bitcoin é uma criptomoeda descentralizada e um dinheiro eletrônico para transações ponto-a-ponto. Uma moeda que não necessita de intermediários para funcionar, o que significa que não dependemos de bancos, grandes corporações ou governos para movimentar valores.
E o que significa blockchain? “É um sistema que permite transacionar dinheiro e informação sem a necessidade de intermediários, empresas, bancos ou governo. É uma tecnologia de redes, uma estrutura de registro distribuído. Os registros existem, porém, a informação está custodiada por um grupo”, explicou Vanessa Almeida, cofundadora do BNDES Blockchain Lab.
O sistema, portanto, embora remeta à ideia de transação financeira, não se restringe ao campo monetário. A tecnologia também tem potencial para empresas e mais ainda para o governo. Vanessa destacou a importância para o compartilhamento de informações, de forma segura, por agências responsáveis por registros, como na área da saúde pública.
Para Evandro Pagnoncelli, blockchain é, na verdade, uma tecnologia para distribuição de poder. “Na prática, o que se pretende é a descentralização do poder. Quando acontecer o amadurecimento dessa tecnologia, haverá fluidez no mundo dos negócios, porque se trata de um sistema mais rápido, e todo seu processo é online”.
Gabriel Aleixo, pesquisador do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), acrescentou que a criptomoeda também está se firmando agora. “O bitcoin vai fazer 12 anos. É a primeira moeda digital descentralizada a funcionar no mundo. Ela não está atrelada ao PIB e não depende de banco. É a última fronteira da desmaterialização, que já vimos na música e nos filmes. Não temos mais unidade física, é tudo acessado por meio de plataforma”, ressaltou.