O país está enfrentando uma crise econômica, o que poderia diminuir muito as expectativas quanto ao segmento de cosmético no Brasil. Porém, mesmo em meio a crise, dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), apontou que o setor atingiu US$ 599,2 milhões de janeiro a maio de 2022, apresentando um crescimento de 3,8% em comparação ao mesmo período do ano passado!
O saldo da balança comercial atingiu um superávit de US$ 20,7 milhões, revertendo o déficit de 2021 e sendo a maior marca alcançada no período (janeiro a maio) desde 2010. Além disso, as exportações de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos também obtiveram um crescimento de 14,2% em comparação ao mesmo período de 2021. As categorias de produtos para cabelos, sabonetes e cremes para pele foram as mais exportadas pelo setor em maio de 2022.
Dessa forma, os dados confirmam a tendência de recuperação pós pandemia, com superávit no valor de US$ 11.7 milhões. Sendo muito positivos ao comparar o momento que o nosso país está vivendo pós pandemia e durante uma crise econômica.
Crescimento pode estar ligado a maior acessibilidade
Alguns especialistas apontam que o crescimento do setor pode estar relacionado a popularização dos cosméticos, que antes eram mais restritos às classes mais altas. A facilidade de parcelamentos e a variedade de produtos fizeram com que mais pessoas (principalmente mulheres) pudessem iniciar algum tipo de tratamento estético.
Além disso, um número muito maior de pessoas são influenciadas por indicações nas redes sociais. Influenciadores digitais fazem parcerias com as marcas e divulgam seus produtos, outros fazem resenhas como uma forma de gerar conteúdo gratuitamente para todos. De toda forma, a internet entra com uma forte contribuição para o setor, sendo útil para grandes marcas, lojas locais e revendedores de cosméticos capilares independentes.
Mercado em grande crescimento
O Brasil é o 2º maior mercado em fragrâncias, produtos masculinos e desodorantes. Com base em todas essas informações, especialistas afirmam que o mercado está com uma grande perspectiva de crescimento nos próximos anos, com expectativa de triplicar este desempenho do setor. Então, além de recuperar danos de períodos anteriores, como está acontecendo, a expectativa é grande e muito positiva.
Apesar do setor ainda sofrer o impacto dos fretes internacionais, a falta de disponibilidade de contêineres e a necessidade da melhoria do ambiente de comércio exterior, o presidente-executivo da ABIHPEC.disse que “a tendência é fechar 2022 com superávit pelo terceiro ano consecutivo, e a corrente de comércio poderá ser superior ao valor do ano de 2021, se mantidos os valores de exportação e importação no segundo semestre deste ano”.
Por isso, mesmo com todas as adversidades, o setor apresenta resiliência e tem conseguido alcançar grandes números neste primeiro período do ano de 2022!
