Sim, a música é utilizada em diversos processos terapêuticos e, sendo um dos recursos mais valiosos e flexíveis possíveis, ela também consegue colaborar com o desenvolvimento dos pequenos.
Existem diversas pesquisas que apontam excelentes motivos para as crianças serem expostas às músicas infantis com ganhos extremamente interessantes do momento de seu nascimento até a fase da escola.
E, como é preciso sempre levar em consideração pesquisas sérias e que tenham embasamento científico, existe um departamento de neurociência da Universidade do Sul da Califórnia que confirmou, após longos cinco anos de análise, todo o impacto bom que as músicas fornecem para as habilidades adquiridas pelo cérebro dos nossos filhos.
A primeira coisa que precisamos falar é sobre o sistema auditivo central que existe em nossa cabeça e que é extremamente desenvolvido com a utilização das músicas. Existem crianças que, somente no momento da alfabetização, perceberam ser muito difícil acompanhar as demais no aprendizado e, avaliando os casos, percebe-se que está diretamente relacionado a essa parte do desenvolvimento que envolve esse sistema.
Fazer a identificação, filtrar e selecionar o som se transforma em um desafio para aquelas que vivem em lugares com muitos barulhos e demasiados estímulos. Então, é incrível saber que algo tão belo e simples como os sons de uma música podem, além de trazer momentos muito divertidos, ainda colaborar com possíveis problemas relacionados ao aprender.
É importante entender também que, embora recomendada para todas as fases do crescimento das crianças, ela exercerá diferentes funções em cada uma delas, mas todas encaminhando seu filho para se tornar um adulto saudável.
Primeiros meses de vida: começando a compreender os sons
É claro que nessa fase ainda não há uma capacidade para entender o que a música está dizendo, mas eles já podem começar a reconhecer a harmonia de uma canção que escutam com certo hábito. Se a mamãe canta todos os dias a mesma música quando ele acorda, é provável que emita algum sinal de reconhecimento depois de algum tempo.
Não coloque sons muito altos e nem misture um monte, tudo ao mesmo tempo. Dá um pouco de agonia alguns ambientes em que brinquedos, TV e aparelhos de som estão todos falando juntos. Se incomoda um adulto, imagine um bebê.
Use a música mais como um sistema de relaxamento e não como estresse puro. Escolha aquelas que possuem sons suaves e, enquanto tocam, você pode dizer algumas palavras legais que façam referência ao cotidiano, como mamãe, papai, hora de tomar banho, hora de brincar, isso pode ajudar a tornar a lista de reconhecimento de palavras do seu filho mais rica conforme o tempo for passando.
Do 1 aos 3 anos: a música e o dia a dia dos bebês mais crescidos
Agora já estamos falando de um momento da vida dessas crianças em que a música passa a ter um papel maior. Começamos a falar aqui em expressão corporal, equilíbrio e coordenação motora, todos recebendo benefícios imensos vindo diretamente dos sons musicais.
O segredo aqui é repetir bastante os movimentos.
Você acha que ele vai enjoar se tocar várias vezes a mesma música. Não, não vai. Você pode enjoar, mas ele não. Repetir várias e várias vezes o mesmo clipe das músicas preferidas, além de ser uma ótima forma de controle de ansiedade, ainda permite que sua criança foque nas palavras que está ouvindo e comece a guardá-las.
Para tornar esse aprendizado ainda mais legal, aproveite para bater muitas palmas e pedir que ela o acompanhe, além de oferecer objetos que possam produzir sons que acompanhem o ritmo do que está sendo tocado.
O momento pré-escolar: a música acompanha seu filho para a escola
Nesse momento seu filho já deve amar cantar para todos os lados. Se ele aproveitou bem as fases anteriores e estiver com palavras bem variadas guardadas em sua mente, mais canções poderá acompanhar e melhor ficarão suas habilidades relacionadas a palavras e memória.
Não demora muito, essas habilidades adquiridas o ajudaram a ser capaz de compreender melhor os processos de leitura e comunicação. Voando alto assim, sua aprendizagem será mais simples e sem sofrimento.
Nessa fase escolar eles gostam muito de músicas antigas, daquelas que até nossos avós conheciam e que fizeram parte de suas infâncias também (mesmo que de uma maneira muito menos intensa do que das gerações atuais). Além disso, gostam das que solicitam movimentos do corpo, para que não precisem ficar parados escutando.
Você já cantou com o seu filho hoje? Aproveite para largar o seu celular e vá curtir esse momento tão divertido e de grande aprendizado.