O Brasil registrou 30.200 novos casos de câncer de pulmão em 2020. Do total de diagnósticos, 59% foram realizados em pacientes do sexo masculino. Esse tipo de câncer está entre os que mais atingem os homens, atrás apenas dos tumores na próstata e no cólon e reto, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O diagnóstico tardio é o principal agravante da doença, responsável por elevar a sua taxa de mortalidade. De acordo com o Inca, trata-se do tipo de câncer que mais mata no país. Na avaliação por gênero, é a principal causa de óbitos de pacientes homens e a segunda entre as mulheres.
A dificuldade para o diagnóstico precoce se dá pelo fato de que, muitas vezes, a doença é silenciosa em seu estágio inicial. Mas é possível que alguns pacientes apresentem sintomas nessa fase, que vão tornando-se mais recorrentes à medida em que a doença avança.
Os sintomas mais comuns são tosse, escarro com sangue, rouquidão, fadiga, dor no peito, falta de ar, perda de apetite, emagrecimento, bronquite e pneumonias recorrentes.
Causas
O uso de cigarro é a principal causa do câncer de pulmão. Segundo o Inca, 85% dos diagnósticos da doença estão relacionados ao tabagismo, que também é um fator de aumento da mortalidade. A incidência de mortes em fumantes é 15 vezes maior em comparação com pessoas que nunca fumaram. Entre ex-fumantes, a mortalidade é quatro vezes mais alta.
Outros fatores de risco são exposição passiva ao cigarro, poluição, contato com agentes físicos e químicos, quadros de enfisema pulmonar ou bronquite crônica, histórico familiar e faixa etária. Pessoas entre 50 e 70 anos têm mais probabilidade de desenvolverem a doença.
Diagnóstico
A orientação das autoridades de saúde é manter uma rotina de avaliações médicas periódicas, o que contribui para diagnóstico precoce de uma série de doenças. No caso do câncer de pulmão, a detecção em estágio inicial é fundamental para garantir uma melhor resposta ao tratamento.
Além da rotina de cuidados com a saúde, é importante que diante de qualquer sintoma, o paciente procure orientação médica. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica associada a exames de imagem. Em caso de alteração, é realizada a biópsia, com o auxílio da tomografia computadorizada de tórax, que permite uma avaliação detalhada dessa área do corpo. As orientações são preconizadas pelo Ministério da Saúde.
Tratamento
O Ministério da Saúde indica, em suas Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão, que o tratamento seja feito de forma multidisciplinar, com a orientação de médicos de diferentes especialidades, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo. A definição sobre os procedimentos adotados é baseada nos sintomas apresentados pelo paciente e no estágio da doença.
Dentre os procedimentos possíveis estão a cirurgia para a retirada do tumor, a quimioterapia, a radioterapia e a terapia-alvo, indicada para pacientes com estágio mais avançado da doença.
Formas de prevenção
Não fumar é a principal maneira de prevenção ao câncer de pulmão. Também é importante não se expor de forma passiva ao tabagismo e nem às demais causas evitáveis da doença.
Manter hábitos saudáveis e uma rotina de consultas médicas regulares são cuidados que também contribuem para a prevenção de doenças, assim como, ajudam no diagnóstico precoce de muitas delas.