O empreendedorismo é um dos setores que mais crescem no Brasil. Segundo dados levantados pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2019, mais de 52 milhões de brasileiros possuem um negócio próprio. Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, o setor passou a representar mais de 30% do PIB do país. Entretanto, é muito importante ter planejamento e investimento inicial para ter um negócio de sucesso.
Antes de qualquer coisa, é preciso fazer um levantamento dos custos necessários para abrir uma empresa, começar suas operações e tirar as ideias do papel. Esse cálculo é o investimento inicial, que deve incluir as despesas com o CNPJ, a infraestrutura, os gastos mensais e as taxas fixas – DARE (Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais) e DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais, Junta Comercial e Certificado Digital).
O investimento inicial não possui um padrão, pois depende muito do tipo de negócio que se pretende abrir, do público-alvo, da sua disponibilidade financeira no momento, do tempo esperado de um retorno, do porte e do segmento em que a empresa irá atuar.
O empreendimento deve contar com o capital financeiro, que pode vir de um crédito pessoal, de empréstimos em instituições financeiras ou de investidores. Em qualquer uma das situações, o empreendedor precisa ter em mãos um plano de negócios para provar o potencial de crescimento de seu negócio.
O empresário deve escolher um modelo a ser seguido entre empresário individual, EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), em que os bens pessoais e empresariais são separados juridicamente, SLU e sociedade limitada. Nos três primeiros, o empreendedor não possui sócios.
Já as empresas podem ser divididas em ME (Microempresa), com faturamento máximo de R$ 360 mil ao ano, e EPP (Empresa de Pequeno Porte), que fatura entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões.
A seguir, veja quais são os principais itens que devem ser contemplados no investimento inicial.
Investimento fixo
Este será o montante destinado às aquisições de bens e infraestrutura necessária para o começo do negócio, como, por exemplo, móveis, maquinários, eletrônicos, decoração, etc.
Investimento pré-operacional
Diferentemente do fixo, o pré-operacional volta-se para as ações fundamentais, para que a empresa comece a funcionar. Inclui-se treinamentos, marketing e publicidade, sistemas de gestão, contabilidade e legalização da empresa.
Capital de giro
É o dinheiro utilizado para suprir as necessidades de fluxo de caixa, sendo fundamental para manter o funcionamento e a operação mensal da empresa. É indicado reservar 5% sobre o total do seu capital de giro por mês e de 50% a 60% do valor investido no início. Entram neste planejamento os salários, as contas, os impostos e os tributos, as despesas com fornecedores e os custos de produção.
Podendo ser dividido em três, o giro por necessidade visa o valor necessário para o empreendimento funcionar; o giro próprio prevê a indispensabilidade da busca de recursos financeiros com terceiros; e, por fim, o giro líquido ajuda a identificar os custos operacionais.