Devido a mudanças relacionadas à pandemia do COVID-19, o e-commerce está em alta apresentando, faturamento quadrimestral de quase R$ 23 bilhões.
As medidas de contenção da transmissão do novo coronavírus modificaram o cenário comercial de vendas online. Como resultado das restrições de circulação e funcionamento de diversos segmentos comerciais, o e-commerce vivenciou um aumento de vendas em relação ao ano de 2019.
Segundo o levantamento feito pela Ebit Nielsen em colaboração com a Elo, o faturamento do setor nos quatro primeiros meses de 2020 foi de R$ 22,9 bilhões, valor próximo a um terço (32%) de todo o faturamento obtido no ano passado.
Dados do Compre&Confie indicam que, em relação ao número de compras realizadas pela internet, o mês de abril deste ano registrou 24,5 milhões de vendas online. A quantidade é 98% maior do que as vendas registradas no mesmo período de 2019.
Atrelado a essa mudança, a ABComm observou que a abertura mensal de lojas online quintuplicou com a rigidez das medidas aplicadas sobre as lojas físicas. Na segunda metade de março, o número mensal era de 10 mil aberturas, com a implementação das restrições comerciais o número saltou para 50 mil.
O aumento de aberturas de lojas online ilustra como os negócios tem-se modificado para acompanhar o contexto atual e a demanda por serviços digitais e diferenciados.
Setores de prestação de serviços, como a área de seguros automotivos, também tomaram medidas para adaptarem-se à nova realidade comercial.
Com a circulação de veículos reduzida dada a pandemia, os motoristas têm recorrido a seguros auto cujo valor cobrado é baseado no uso. Por isso, o interesse e a contratação de seguros auto intermitentes, também denominados seguros de carro Pay Per Use (Pago Por Uso – PPU), intensificou-se.
A título de exemplo, destacamos a startup de seguro totalmente digital Thinkseg. A empresa contabilizou, somente no mês de maio, um acréscimo de 250% nas vendas dos seguros auto PPU em comparação aos três últimos meses de 2019.
Abaixo separamos três dados relacionados a tendências que estiveram em alta nos últimos meses de 2019 e que se caracterizam como medidas a serem adotadas em 2020 por diversos segmentos para expandir os lucros neste período de alta do e-commerce.
Crescimento de pedidos com frete grátis
O estudo da Ebit Nielsen e Elo aponta que oferecer frete gratuito impulsionou as vendas dos canais.
Aproximadamente metade das compras realizadas em sites (48%) correspondiam a pedidos com frete grátis, reflexo de uma elevação de 28% dessa modalidade de compra. Em contrapartida, o aumento dos pedidos com fretes pagos foi de apenas 15%.
Em regiões do país, como a Norte, onde o frete é mais caro, a oferta de frete gratuito é ainda mais impactante das vendas.
Aumento de vendas por mobiles
O mesmo levantamento da Ebit Nielsen e Elo indica que a maior parcela dos consumidores já aderiu a compras por meio de aplicativos para dispositivos móveis.
No final de 2019, no período da Black Friday, as compras por aplicativo superaram as feitas em computadores. No ano passado com um todo, a venda por aplicativos cresceu 55% em comparação a 2018.
Em 2020, a tendência manteve-se firme. Em relação ao mês de março, abril apresentou um crescimento de vendas por aplicativos para mobile em lojas que anteriormente não disponibilizavam este serviço.
Corresponder à demanda de um nicho em destaque
Adaptar os negócios à dinâmica cliente e empresa vigente e às modalidades de serviços mais procuradas torna-se ainda mais necessário em tempos de pandemia, no qual as transformações são incontornáveis.
Expandindo o exemplo dado no campo de seguradoras auto, destacamos a ascensão de seguros intermitentes ao redor do mundo. A pesquisa “World Insurance Report 2020” elaborada pelas empresas Capgemini e Efma coletou informações relativas a seguros em 22 países, incluindo o Brasil, e constatou um aumento na procura por seguros “on-demand” e “usage-based”.
O interesse por seguros baseados na demanda era de 29% em 2019 e foi para 31% em 2020. A procura por seguros baseados no uso passou de 35% para 51%. Dessa forma, torna-se vantajoso às seguradoras auto incorporarem essa modalidade de seguro.
Essas mudanças não repercutem somente na área de seguro auto, mas das seguradoras como um setor. Exemplo disso é o seminário por videoconferência organizado pela CNseg, que contou com a presença de nomes influentes na área de seguros.
A live teve como tema “Produtos de seguros pós-Covid-19: adaptação ou revolução?”. Para Helder Molina, o CEO da MAG, um dos participantes, essa modalidade de seguros configura uma evolução no setor.
Independente do setor, buscar inovar e corresponder às demandas de seu consumidor alvo é uma tendência que sempre pode ser seguida.
Por Jeniffer Elaina, do SeguroAuto.org
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