Então Natali, as autoridades, do Governo e da Caixa, tem se justificado dizendo que de fato há muitas informações para serem cruzadas, de milhões de contribuintes, e ao menos metade deles não teriam direito. Essa análise de quem não tem direito acaba acarretando a demora para as pessoas que de fato o tem. Se estimava dar esse benefício a 50 milhões de pessoas e mais que o dobro pediu.

Nós do Sebrae temos nos solidarizado muito com os trabalhadores e empreendedores autônomos nesse momento de dificuldade, estamos ajudando no que podemos, mas as informaçõe técnicas acabam não chegando para nós de forma tão clara. É necessário aguardar essa análise que é feita pela área técnica da até o fim e refazer caso dê erros ou entender caso seja negado por algum motivo inerente ao que diz a Lei que criou esse benefício.

Importante ficar olhando diarimante a evolução e, em caso de dúvidas mais robustas, procurar a central de atendimento do auxílio, ligando no número 111.

Olá Renata. Os gastos com frete e demais encargos com a compra de matéria prima estão diretamente ligados ao cálculo dos custos variáveis (CV). Como cada um dos seus 15 produtos tem custos variáveis diferentes, uns mais e outros menos, seria necessário fazer uma ficha técnica com essas especificações, para você entender o peso que cada um tem e, claro, definir qual valor vai incidir a margem de contribuição (MC).

Como a estrutura dos custos fixos (CF) em tese não muda, tendo o valor global conhecido, uma conta simples de markup pode te ajudar a chegar num valor que seja sustentável ao negócio e que não assuste o mercado, no momento da aplicação da MC.

Exemplo

Para fabricar um bolo de laranja um empreendedor utiliza vários ingredientes e insumos dispostos em uma ficha técnica. Cada porção desses ingredientes foi calculada para fabricação de um produto acabado, assim como os valores de referência da ficha técnica foram extraídos levando em conta os custos de grandes quantidades desse ingredientes (trigo, ovos, leite, essências, laranja, fermento, gás).

Bolo de Laranja de 500g

CV = R$ 5,00

Se eu tiver um CF mensal de R$ 5.000,00 (aluguel, energia, folha, pro-labore) tenho que colocar uma MC que, com a venda de cada um desses produtos, seja suficiente para cobrir esses custos e ao final da operação gerar lucro. Para isso, aplico um markup.

CV do bolo de laranja (ou de qualquer outro produto/serviço) x markup % = custo de venda do bolo de laranja

R$ 5,00 x 2,3% = R$ 11,50

Ou seja, aplicando uma MC de 2,3% eu tenho o custo de venda do bolo de laranja de R$ 11,50.

Para ficar mais claro, de cada venda desse bolo por R$ 11,50, eu tiro R$ 5,00 para repor matéria prima, embalagens (CV) e o restantes, R$ 6,50 serão utilizados para custear as despesas fixas da empresa (CF).

Nessa situação, para chegar ao ponto de equilíbrio (break even) dessa empresa, seria importante eu fazer outro cálculo.

CF da empresa : pela margem de contribuição = break even

R$ 5.000,00 : R$ 6,50 = 769

Ou seja, para chegar o ponto de equilíbrio dessa empresa, vendendo apenas esse bolo de laranja, essa empresa teria que vender 769 unidades.

Por isso é importante calcular isso de cada produto ou aplicar um markup geral, que seja sustentável ao negócio.

Lembrando que pró-labore (retiradas da empresa para gastos pessoais) ainda não é lucro. Só podemos dizer que uma empresa está tendo lucratividade após ela pagar seus CV e seu CF, que já inclui esse recurso.

Qualquer dúvida entre em contato com o Sebrae mais próximo.