Quando alguém oferece lucros do dia para a noite ou promessas de resultados rápidos em algum tipo de investimento, é preciso duvidar e estudar todas as possibilidades, inclusive os riscos. Claro, que dependendo da transação, isso pode até acontecer, mas como a ideia da nossa consultoria é ensinar você a cuidar melhor do seu dinheiro, aplicar corretamente e equilibrar as finanças, conseguindo o melhor retorno possível, sugerimos que comece com um investimento conservador.
Mas afinal, que tipo de aplicação se encaixa no perfil do investidor conservador e como funciona? Nesse artigo separamos os mais interessantes para investir melhor seu dinheiro.
CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido pelos bancos e, em tese, permite ao investidor fazer um empréstimo de dinheiro para a referida instituição financeira e em troca dessa ajuda, conseguirá uma rentabilidade sobre o valor aplicado.
Embora exista a cobrança de IOF e imposto de renda sobre os rendimentos, em compensação não existe cobrança de taxa de administração.
O CDB é considerado conservador porque sua rentabilidade geralmente é um percentual do CDI com taxas de juros próximas da Selic. Dessa forma, é uma maneira de conseguir rendimentos que acompanham a taxa básica de juros.
Boa parte dos CDBs com remuneração atrelada ao CDI tem liquidez diária, o que significa que podem ser resgatados a qualquer momento sem risco de perder a rentabilidade contratada.
Outra grande vantagem é que os CDBs estão protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ou seja, têm a mesma garantia da poupança. Se o banco que emitiu o título quebrar, o investidor recebe seu dinheiro de volta, no limite de 250 mil reais para todos os depósitos e aplicações que mantiver na referida instituição.
Essa aplicação é indicada para investidores que buscam liquidez diária ou que pretendem investir para objetivos de curto prazo.
Tesouro Direto
Essa é uma plataforma de compra e venda de títulos do governo federal pela internet. O Tesouro Direto é um título público, o que significa que ao comprá-lo, você estará emprestando dinheiro para o governo.
Existem hoje três tipos de títulos que você pode comprar: os pós-fixados, cuja remuneração é atrelada à Selic; os prefixados, que têm sua remuneração pré-definida no ato da compra; e os atrelados à inflação, que pagam uma taxa prefixada mais a variação do IPCA no período.
O investidor tem a alternativa de ficar com o título até o seu vencimento ou vendê-lo de volta ao Tesouro antes de finalizar o prazo. Porém, a rentabilidade contratada, só é garantida se levar o papel até o vencimento. No caso da venda antecipada, o que vale é o preço de mercado, e nesse caso, os preços dos títulos apresentam variação diária.
O Tesouro Direto é considerado conservador porque todos os títulos públicos têm garantia do governo federal, pelo fato de se tratarem de títulos de dívida do governo. Ele tem o menor risco de calote presente hoje na economia brasileira, mesmo em meio à crise política e instabilidade do mercado.
No caso do Tesouro Direto, a liquidez de todos os papéis é diária. Apesar de costumarem ter prazos longos, eles podem ser vendidos de volta para o Tesouro Nacional no momento em que você desejar.
Já o título Tesouro Selic (LFT), cuja rentabilidade é atrelada à taxa básica de juros, é considerado o papel mais conservador. Nesse caso, a remuneração do investidor que o leva ao vencimento acompanha a Selic. Pelo fato de seus preços oscilarem um pouco, a venda antecipada costuma apresentar uma rentabilidade positiva, mesmo que não corresponda exatamente à Selic do período.
Os demais títulos (prefixados e inflação) só poderão se manter conservadores se levados ao vencimento, quando há garantia de se receber a remuneração contratada, mas como seus preços oscilam muito, as vendas antecipadas podem acarretar rendimentos negativos.
O título Tesouro Selic (LFT), o mais conservador, é indicado para qualquer investidor que deseje se manter conservador, ou seja, que queira liquidez diária ou esteja realizando um investimento para o curto prazo.
Já os demais títulos só podem ser encaixados no perfil conservador, se o plano do investidor for ficar com eles até a data do vencimento, o que significa que será preciso abrir mão da liquidez para conseguir a rentabilidade contratada, porque a venda antecipada pode acarretar perdas. Dessa forma, o ideal é casar o prazo do título com o do seu objetivo financeiro.
Já os papéis prefixados são indicados para o investidor que deseja garantir uma rentabilidade definida até o vencimento, ciente de quanto vai ganhar no fim do prazo e os atrelados à inflação são interessantes apenas para quem busca proteção contra a inflação.
Esses dois tipos de títulos públicos costumam apresentar prazos muito longos. Sendo assim, o investidor conservador deve escolher aqueles de prazo mais curto. Eles são mais indicados para momentos de incerteza política e econômica e cujos preços são menos voláteis.
Fundos de renda fixa conservadora
Os fundos de renda fixa conservadora, entre eles os fundos DI, são fundos de investimento que só investem em papéis de baixo risco. Se enquadram ainda nesses fundos os títulos públicos, aqueles emitidos por grandes bancos acompanhados de garantias e operações no mercado financeiro com o objetivo de buscar replicar o desempenho do CDI.
Seus rendimentos estão sujeitos à cobrança de IR e IOF. Existe ainda uma taxa de administração, mas não há taxa de performance.
O recomendável é que a taxa de administração não ultrapasse 1,0% ao ano, se não sacrificaria muito a rentabilidade.
Esses papéis são considerados conservadores porque a rentabilidade costuma acompanhar o CDI, ou trocando em miúdos, acompanham a taxa básica de juros.
Além disso, os investimentos desses fundos são apenas em títulos de risco muito baixo de calote, com liquidez diária. O investidor receberá seu dinheiro no mesmo dia em que solicitar o resgate.
Se você ainda está em dúvida para escolher o melhor investimento, nossa consultoria está pronta para prestar mais informações. Entre em contato e conheça também outras opções de investimentos conservadores como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).