Há poucas informações sobre a indústria de jogos digitais no Brasil. O primeiro Censo da Indústria de Jogos Digitais se fundamentou no atual elo principal da cadeia de valor: os desenvolvedores.
A amostra, composta por 129 empresas resultou no seguinte perfil brasileiro: o estado de São Paulo, seguidos pelos estados do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro e Santa Catarina concentram a maioria das empresas brasileiras.
Essa concentração é explicada pelo fácil acesso à internet, as ferramentas de desenvolvimento e as oportunidades de negócios. Na região Nordeste destaca-se o estado de Pernambuco, provavelmente pela existência do Porto Digital, polo que agrega diversas empresas de tecnologia. Ha poucos desenvolvedores na região norte. Apenas um desenvolvedor afirmou, apesar de ser brasileiro, estar fisicamente em outro país (EUA).
A maior parte das empresas que compuseram a amostra teve faturamento, em 2013, de até 240 mil reais, demonstrando que o setor é formado predominantemente por micro e pequenas empresas, com baixo faturamento:
A maioria é de empresas que tem entre 1 e 5 anos de funcionamento. O fato de haver poucas empresas com mais de 6 anos demonstra que a longevidade das organizações é baixa, com alto índice mortalidade de empresas, que podem ter surgido pela facilidade do desenvolvimento para jogos em mobile e web, que se tornou uma tendência de 2009 em diante.
O número total de trabalhadores foi de 1133. Destes, 392 são sócios e 741 são colaboradores, projetando uma média do número de pessoas por empresa de 8,5 pessoas, entre sócios e colaboradores. Dos 1133 trabalhadores, 85% são homens (967) e apenas 15% são mulheres (173).
As empresas do setor sofrem com a carência de profissionais experientes e os profissionais recém-formados em cursos específicos do setor sofrem com a baixa oferta de posições. A ausência de profissionais experientes é agravada pela evasão dos poucos profissionais de alta competência, que buscam melhores oportunidades em grandes estúdios em outros países.
A grande maioria das empresas (80%) tem como principal atividade o desenvolvimento de jogos, enquanto as demais relataram desenvolver outras atividades como, por exemplo, o desenvolvimento de aplicativos, jogos analógicos (tabuleiro, cartas), computação gráfica para publicidade, e-commerce, simuladores, softwares, tecnologias educacionais, websites, vídeos 3D. Além disso, prestam outros serviços como a preparação de apresentações profissionais e consultorias diversas ligadas a jogos. Outras atividades citadas foram revenda de outros títulos e função de Publisher.
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